Uma menina de três anos, moradora do bairro Jardim das Flores, em Lucélia, morreu ontem em decorrência de meningite bacteriana. O corpo de Ana Laura da Silva Santos será sepultado hoje, às 16h, no Cemitério Municipal. Ela estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Marília (SP).
O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, na quarta-feira. Na ocasião, a pasta informou que todos os procedimentos foram corretamente executados e, devido à necessidade, a criança foi transferida para a unidade em Marília, considerada referência regional para o tratamento.
A administração municipal comunica que a doença não é contagiosa e, por esta razão, não há necessidade de pânico entre a comunidade. Solicita ainda que os responsáveis mantenham a carteira de vacinação das crianças em dia. Em caso de dúvidas, orienta que os cidadãos procurem uma unidade de saúde.
A doença
Conforme já publicado por este periódico, a meningite é a inflamação viral ou bacteriana da membrana que reveste o cérebro e a coluna vertebral, explica o médico infectologista André Luiz Pirajá da Silva. “A patologia pode ser ocasionada por diferentes tipos de agentes, mas podemos destacar o pneumococo, também responsável pela pneumonia, e o meningococo, que possui uma letalidade muito alta”, explica. Segundo ele, os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça e vômito. Como podem ser semelhantes aos de outras enfermidades, a melhor forma de diagnosticar o quadro é através de um médico especialista, que fará o exame físico, por meio do qual ele avalia a rigidez da nuca.
O profissional alerta que a meningite é uma doença emergencial, portanto, quanto mais rápido o diagnóstico, menor será o risco da evolução para um quadro mais grave. “Infelizmente, o tempo corre contra o quadro”, frisa. O tratamento consiste no uso de antibióticos em até 21 dias. André conta que não existe uma faixa etária mais atingida, contudo, as crianças devem ser prevenidas, pois seu organismo ainda está em formação. “A melhor forma de prevenção é manter a carteira de vacinação em dia e evitar aglomerações”, aconselha.