Mensalidades escolares ficam até 12% mais caras

Aumento definido para 2016 não é tratado como reajuste por sindicato, visto que “não ultrapassou índices da inflação do período"

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 18/11/2015
Horário 09:03
 

Em 2016, os pais que têm filhos em escolas particulares vão ter que desembolsar entre 10% e 12% a mais para pagar as mensalidades. O reajuste diz respeito ao realinhamento de preços e foi aprovado recentemente, após um período de discussão entre os representantes da categoria. Conforme o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Presidente Prudente e Região, Antônio Batista Grosso, o acréscimo não é tratado como um reajuste, já que não ultrapassou os índices da inflação do período. Além disso, frisa que a média ficou em 11% e que os aumentos dos valores ficam a critério de cada escola, seguindo os realinhamentos estipulados.

Atualmente, a região conta com cerca de 180 instituições particulares de ensino, totalizando 33 mil alunos. Só em Prudente são aproximadamente 60 escolas com 13 mil alunos. De acordo com o sindicalista, os números se mantêm e, até agora, as unidades educacionais não sentiram queda na quantidade de matriculados.

Questionado se a mudança de valores pode "afetar" a permanência dos estudantes na rede particular, Antônio reafirma que não, e comenta que o realinhamento é necessário devido aos aumentos das contas que ocorreram no ano. "A alta deve ocorrer para que as escolas mantenham suas despesas". Mesmo assim, frisa que os acréscimos devem ser instituídos de acordo com cada comunidade (membros das escolas). "Não podem ultrapassar os limites. É preciso levar em conta o momento de economia que o país passa", salienta.

O representante esclarece que as instituições devem comunicar os pais sobre os novos valores até 45 dias antes da matrícula para o próximo ano letivo.

 

"Aperto no orçamento"

Para os pais, o índice estipulado "foi algo que pegou de surpresa". Eles pontuam que imaginavam o aumento das mensalidades, mas não esperavam algo "tão alto". O publicitário, mas que no momento está desempregado, Carlos Henrique Gambôa, 28 anos, diz que o reajuste vai apertar mais o orçamento e, por isso, a família avalia se a filha de três anos vai permanecer na escola particular ou não. "Não achei que iria subir tanto. Tudo está caro e a situação fica complicada", menciona.

Comunicada sobre o aumento da mensalidade da escola da filha de seis anos, a maquiadora Monize Santos Soares Bertalia, 29 anos, diz que o reajuste foi "muito expressivo". "É uma alta de quase R$ 300. Valor que vai impactar no orçamento", comenta. Ela cita que existem pais que estão analisando e fazendo cotações em outras escolas, justamente para ver se mantêm ou mudam os filhos da unidade educacional.

 
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