Foi sepultada às 9h desta sexta-feira, no Cemitério Municipal de Presidente Epitácio, Cláudia Pereira de Oliveira, 50 anos. Ela faleceu nesta quinta-feira, na Santa Casa local, onde foi internada na segunda-feira, com diversas queimaduras pelo corpo, após ser atacada com golpes de martelo pelo próprio companheiro, 54 anos, que ainda lançou gasolina sobre ela e acendeu o fogo com o auxílio de um isqueiro. O caso, como noticiado neste diário, foi denunciado à Justiça, nesta quinta, pelo MPE (Ministério Público Estadual), até então, como tentativa de feminicídio. O homem, que havia sido capturado por uma equipe do 42º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior) ainda na segunda, por violência doméstica, segue preso.
Em documento apresentado à Justiça, o promotor Bruno Arneiro Soares relatou que o réu manteve um relacionamento de três anos com a vítima e, no dia dos fatos, passou a discutir com ela por motivo de menor importância. Após o ataque, informa o MPE que a vítima sobreviveu após ser socorrida pela filha e por vizinhos, que acionaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. O objetivo da ação penal proposta pelo Ministério Público é condenar o acusado com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Na data do crime, segundo o 42º BPM/I, uma guarnição foi acionada para atendimento de ocorrência na Rua Nivaldo Inácio dos Santos, na Vila Monte Castelo. No local, se deparou com a vítima, que estava com várias queimaduras pelo corpo, “consciente e visivelmente abalada”, a qual foi levada de imediato ao pronto-socorro. “Na ocasião, a filha da vítima relatou que sua mãe e o amásio passaram o dia bebendo e, após discussão, o homem teria jogado gasolina em sua genitora e ateado fogo. Na residência, o quarto estava revirado, exalando odor de gasolina no cômodo devido ao combustível derramado, com o estrado da cama e o colchão um pouco queimados”, revelou o órgão.
Foto: Redes sociais
Cláudia Pereira de Oliveira, 50 anos, estava internada na Santa Casa local
