Moradora de Mariápolis tem resultado inicial reagente para rubéola, doença erradicada no Brasil

Vigilância Epidemiológica diz que aguarda resultado do segundo exame; equipe de saúde iniciou vacinação de casa em casa como forma de prevenção

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 22/10/2025
Horário 17:13
Foto: Agência Brasil
Prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação
Prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação

O município de Mariápolis registrou um caso positivo de rubéola, mas aguarda resultado de novo exame para confirmá-lo ou descartá-lo. De acordo com o setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, a paciente é uma mulher de 35 anos, que está bem e já passou do período de transmissão. O Brasil não registra casos de rubéola desde 2009 devido à imunização contra a doença.

Ainda segundo o departamento, a primeira coleta apresentou resultado reagente para a rubéola. Por isso, foi realizada uma nova amostra, desta vez por meio do método RT-PCR, cujo resultado ainda é aguardado. Se o exame apontar negativo, o caso será descartado.

Diante disso, está em andamento na cidade a vacinação de casa em casa. "As equipes de saúde irão vacinar todas as pessoas que estiverem com a vacina atrasada e aqueles que não apresentarem a caderneta de vacinação", aponta.

Os que possuem disponibilidade podem comparecer ao Centro de Saúde Ary Toledo e Silva, no Centro da cidade, para garantir a imunização.

Entenda a doença

Conforme o Ministério da Saúde, a rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae.

No campo das doenças infectocontagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da SRC (síndrome da rubéola congênita), que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto), e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras).

A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. O período de transmissibilidade é de cinco a sete dias antes e depois do início do exantema, que é uma erupção cutânea. A maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois do início do exantema.

Os sintomas principais são febre baixa; ínguas atrás da orelha, na parte de trás da cabeça e no pescoço; e manchas avermelhadas na pele, às vezes um pouco salientes. Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independentemente da idade ou situação vacinal da pessoa. O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada caso.

A prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação. A vacina está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade. A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) foi implantada gradativamente entre os anos de 1992 até o ano 2000. A faixa etária estabelecida foi de 1 a 11 anos de idade, que se mantém até a presente data.

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