Moradores da Vila Industrial se queixam de dispositivo

Localizada próximo à esquina com a Rua Sebastião de Paula Freitas, a lombada já ocasionou diversos acidentes de acordo com munícipes

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 09/12/2018
Horário 05:33
José Reis - Para munícipes, lombada está “mal posicionada” na via
José Reis - Para munícipes, lombada está “mal posicionada” na via

Alguns moradores que vivem nos arredores da Rua Professor Kenjiro Nishi, na Vila Industrial, na Zona Leste de Presidente Prudente, estão se queixando de uma lombada supostamente “mal posicionada”. Localizado próximo à esquina com a Rua Sebastião de Paula Freitas, o dispositivo já ocasionou diversos acidentes de acordo com o munícipe Valmir de Oliveira Fagundes, 62 anos. Habitante do bairro há 10 anos, ele explica que “não é de hoje” que os carros passam em alta velocidade e não respeitam a lombada.

Segundo Valmir, carros batendo em motos é um cenário constante no cruzamento das duas ruas. “É um ponto que tem que ter muito cuidado, principalmente porque temos a escola perto, em horários de saída de alunos é muito perigoso”, expõe.

O comerciante Luciano Gomes da Rocha, 50 anos, possui um mercadinho na mesma rua e concorda com a fala de Valmir. O próprio estabelecimento que possui já foi vítima dos “carros desgovernados”. Relembrando o episódio, ele conta que um carro passou direto pela lombada e bateu na parede de seu mercado. O comerciante aponta o canto inferior da entrada do local, que se encontra com um reboco a arrumar por conta do estrago causado. “O bairro é bom, o único problema que vejo é esse mesmo, as pessoas não respeitam”, expõe.

Residente do Jardim Vale do Sol, Luciano faz um comparativo dos bairros e reconhece que, realmente, a Vila Industrial “é mais tranquila”. Porém, chega ao trabalho todos os dias às 6h30 e vai embora às 20h30 sempre “de olho na rua” com medo de ser atropelado. Tanto o comerciante quanto Valmir concordam quando o assunto é a resolução do problema. Segundo eles, deveria ser implantada uma nova lombada só que, ao menos uma quadra para cima, na Rua Professor Kenjiro. “Ou pelo menos fazer mais uma no decorrer da rua, porque só uma e bem na esquina não adianta, os motoristas fingem que não veem”, reforça Valmir.

Em contato com a reportagem, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) afirma que a área em questão possui sinalização vertical e horizontal com o propósito de orientar o tráfego. Além disso, reforça a existência de dispositivos redutores de velocidade. “É questão dos condutores respeitarem a sinalização e dirigirem com segurança”, informa a pasta. No entanto, apesar disso, afirma que engenheiros da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) farão uma visita especial ao local para verificar a viabilidade de novas adequações.

Outro problema

Outra queixa de Valmir sobre a Rua Professor Kenjiro Nishi é com relação aos pontos de lixo descartados em calçadas. De acordo com ele, falta coleta em vários locais do bairro. Em especial nesta rua, já que menciona um monte de entulho na calçada perto de sua casa que está acumulado “há meses” no local. Andando um pouco, no próximo quarteirão, a situação se repete. Segundo Marlei de Paula Clebis, 64 anos, “não tem do que reclamar” do bairro, porém, a coleta de lixo realmente é um problema. “Eles deixam nas calçadas mesmo, se não somos nós que limpamos, eles não limpam”, relata.

Moradora da Vila Industrial há 47 anos, ela estranha a situação, já que afirma nunca ter enfrentado problemas com isso. “Não sei se ficam com medo dos cachorros latindo, mas não justifica”, conta. Com isso, a principal preocupação da prudentina é o medo do surgimento de escorpiões.

Sobre o assunto, a Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secom, informa que “assim como em todo o perímetro urbano do município, a coleta de lixo é feita duas vezes por semana”. O que, segundo expõe, é suficiente para atender a demanda do bairro. Quanto aos entulhos, o poder público reitera que não é de sua reponsabilidade recolher entulhos produzidos por particulares. Esses, “cabe ao próprio dono da residência dar a destinação correta ao resíduo contratando serviço especializado (caçambas)”.

Quanto a possibilidade de surgimento de escorpiões, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) orienta que é essencial manter limpos quintais e jardins na área externa dos domicílios. Além disso, munícipes devem colocar o lixo em sacos plásticos ou em ambientes devidamente apropriados. Outro cuidado deve ser em relação a presença de outros insetos que podem servir de alimento para escorpiões. Entre eles, baratas, aranhas e grilos. “Para impedir a entrada de escorpiões na área interna, recomenda-se vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rolos de borracha; colocar telas milimétricas nas aberturas dos ralos, pias e tanques, entre outros”, reforça o órgão.

 

SERVIÇO

SUGESTÃO DE PAUTA

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato pode ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br e do telefone 2104-3722.

 

BOX

Estrutura do bairro

Ano de implantação: 1939

Quadras: 17

Área do loteamento: 158.681,00 m²

Terrenos baldios: 26

Construções: 555

População estimada: 1.500 mil pessoas

Fonte: Secom

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