Moradores reivindicam melhorias na Vila Geni

No bairro, há falta de sinalização, buracos nas ruas, além de entulho e mato alto à beira de córrego e parte da calçada

PRUDENTE - Stephanie Fonseca

Data 27/02/2014
Horário 08:56
 

Moradores da Vila Geni, em Presidente Prudente, reclamam do "esquecimento do bairro", especificamente nas proximidades do Colégio Apogeu, no cruzamento entre as vias Raimundo Fonseca e Guadalajara. De fato, no local, foi constatado pela reportagem, a falta de sinalização e buracos nas ruas, além de entulhos e mato alto à beira do Córrego da Colônia Mineira e parte da calçada. A Prefeitura alega ter conhecimento, principalmente dos resíduos jogados na localidade, e garante que solicitará às secretarias competentes a melhoria do local para os próximos dias.

Morador do bairro há 39 anos, o aposentado Antonio Mateus Felipe, 71 anos, relata que a área "está abandonada e a limpeza deixa a desejar". De acordo com ele, os problemas pioraram nos últimos anos. "A gente vê direto pessoas jogando lixo ali e não vê ninguém limpando as ruas", reclama. O também aposentado José Romeiro da Silva, 82 anos, ainda aponta um bueiro que foi quebrado, segundo ele, por causa de um carro, e destaca a sujeira deixada "pelas próprias pessoas que passam pela Rua Guadalajara". "Às vezes, ocorre a limpeza em um dia e no outro já tem lixo de novo. É uma vergonha isto", lamenta. "Tinha que ter um fiscal no local para multar quem faz isso", sugere.

Há cerca de 40 anos morando na vila, a aposentada Idalina Ricci Ferreira, 73 anos, também afirma que os problemas pioraram nos últimos anos e ainda comenta que, além de entulhos, como madeira e colchões, algumas pessoas adquiriram o mau hábito de "deixar animais mortos perto do córrego". "Isso, junto com o lixo, faz subir um mau cheiro, principalmente na hora do almoço, que incomoda muito", diz. Outro fator que preocupa a moradora é a falta da sinalização no cruzamento, seja para os carros ou pedestres. "Já teve batida de carro e para o trânsito de pessoas é complicado, pois a calçada é estreita e está cheia de entulho", observa. "A gente só queria que as pessoas não jogassem essas coisas aqui", deseja a aposentada.

Devido ao mato alto e resíduos à beira do córrego e calçada, o vendedor ambulante, Élio Soares de Souza, conta que "sempre aparecem escorpiões na sua casa". "Esta semana mesmo apareceu um no meu banheiro e quase fui picado". Relata ainda que, há cerca de um ano, havia uma placa de Pare na localidade, mas que "foi quebrada por vândalos". "Mas sumiram com a placa e não foi colocada outra". Segundo ele, tem "uns cinco anos que a situação está deste jeito". "Precisa colocar ao menos uma cerca ali e placa para que não joguem mais entulho, e sinalizar as ruas também, pois tem batida direto e ainda há a movimentação das crianças que saem da escola e passam por aqui", analisa o vendedor.

Por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a Prefeitura afirma que no local serão feitas melhorias. Quanto ao recolhimento do entulho, será feita a solicitação. "Se possível, executaremos ainda esta semana", bem como a limpeza do mato alto. "Solicitaremos à Secretaria do Meio Ambiente que verifique o local, pois em beira de córregos há algumas restrições". Sobre os buracos na rua, o local foi analisado e constatado que são problemas de galeria e para a solução "demanda um pouco mais de tempo". "Porém, tentaremos resolver ainda no primeiro semestre deste ano". Quanto à sinalização da rua, a reportagem solicitou um posicionamento à Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública (Semav), via e-mail, no entanto, não houve resposta até o fechamento da matéria.
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