Mortes em acidentes de trânsito têm redução de 21,52%

Primeiro semestre de 2018 constatou 62 óbitos, sendo que no mesmo período do ano passado o registro foi de 79 vítimas fatais

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 21/07/2018
Horário 05:22

Dados divulgados pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito mostram que, no primeiro semestre deste ano, a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo registrou queda de 21,52% de óbitos em acidentes de trânsito nas rodovias. Conforme os registros, de janeiro a junho de 2017 ocorreram 79 mortes no trânsito, sendo que, no mesmo período de 2018, o número foi menor, com registro de 62. De acordo com a especialista de trânsito, Luciane Napolitano, esse é um reflexo positivo, uma vez que a região tem histórico negativo de mortes nos acidentes.

A este resultado, a especialista acredita que a educação no trânsito vem sendo trabalhada em âmbito nacional, e isso faz com que os condutores entendam a real importância em seguir a legislação. “A partir do momento em que este assunto é trabalhado, motoristas e pedestres se conscientizam, e os números de acidentes tendem a cair”, explica. Outro ponto citado por Luciane, que pode ter contribuído para a queda na quantidade de acidentes, é a constante fiscalização por parte das forças policiais que inibem a infração.

Ainda conforme o balanço divulgado, os óbitos com mais registros nestes dois períodos ocorreram aos finais de semana, sendo que, neste ano, foram contabilizadas 18 mortes aos sábados e, no ano passado, 19 delas foram aos domingos. Pelo fato de os óbitos terem sido constantes nestes dias, a especialista acrescenta que isso se deve ao aumento no fluxo de veículos em rodovias, “quando muitos estão voltando de festas e, dependendo do acidente, pode ser ocasionado por embriaguez, por exemplo”.

Incidência masculina

Os homens continuam sendo as principais vítimas fatais nos acidentes de trânsito. Dos 62 óbitos ocorridos em 2018, pessoas do sexo masculino representam 80,65% (50 mortes), e mulheres 19,35% (12 mortes). Nos primeiros seis meses de 2017, o resultado não foi muito diferente, uma vez que, dos 79 registros, 70,89% (56 mortes) são referentes aos homens, e 25,32% (20 mortes) às mulheres, sendo que 3,8% (3 mortes) não foram identificadas pelo sistema.

Para Luciane, a incidência reflete no comportamento dos homens, “que possuem o instinto de coragem”. Com isso, afirma que muitos não têm medo de acelerar o veículo, contrário à mulher, “que é mais cautelosa neste aspecto”.

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