Movimentos sindicais integram manifestação

400 integrantes de entidades se uniram contra reforma previdenciária, ontem, em protesto que teve início na Praça Nove de Julho

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 16/03/2017
Horário 09:27


Movimentos sindicais de Presidente Prudente reuniram aproximadamente 400 pessoas, na manhã de ontem, em uma manifestação contra a reforma previdenciária proposta pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, em tramitação na Câmara dos Deputados. Os pontos mais criticados são: a exigência de idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem (atualmente, a idade é diferente conforme o sexo, principalmente por conta da jornada dupla da mulher) e a determinação de uma contribuição mínima de 49 anos para a aposentadoria integral. Outro ponto abordado é a elevação para 70 anos da idade para recebimento do benefício assistencial, pensões por morte e benefícios assistenciais em valor abaixo de um salário-mínimo.

Jornal O Imparcial Cerca de 400 integrantes de sindicatos participaram do manifesto contra a reforma da previdência pelas vias prudentinas

Entre as entidades que participaram da manifestação estavam: Frente Brasil Popular, CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Sintrapp (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Presidente Prudente), Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), Sipol (Sindicato dos Policiais Civis da Região), Sindicato dos Comerciários e Sindicato dos Bancários.

Paulo Oliveira, um dos organizadores da manifestação e representante da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) reforça a necessidade de demonstrar a "indignação e desaprovação" da proposta pela sociedade civil organizada, por meio do protesto que teve início na Praça Nove de Julho, no centro. Os integrantes do movimento seguiram em uma caminhada pelo calçadão, desceram a Avenida Brasil e retornaram pela Avenida Washington Luiz à praça, onde encerraram as atividades. Paulo lembra que ainda chama atenção a falta de conhecimento da população sobre a proposta do presidente Michel Temer (PMDB) para o sistema previdenciário.

 

Participantes

A advogada Vanessa Ramires Lima Hasegawa Araújo esteve no encontro e demonstrou a necessidade de toda a população em integrar a ação, já que "todos são afetados pela PEC da morte". Ela afirma que a proposta supre direitos sociais de todas as pessoas e que, "ao contrário do que o governo alega, a Previdência não possui rombo, sendo superavitária".

O diretor regional do Sinteps, Roberto Schiratto Junior, declara que é necessário que os munícipes saibam que a sociedade civil organizada é contra a PEC que está sendo proposta, apesar de entender a necessidade de uma reforma previdenciária. "Com essas mudanças as pessoas vão, basicamente, perder o direito à aposentadoria", resume. Já a coordenadora pedagógica, Adriana Muniz, acrescenta que como profissional da Educação, ao integrar o manifesto, "os professores puderam ensinar aos alunos o real significado de escola".

 
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