Mudanças bruscas de temperatura provocam doenças respiratórias

Porém, para algumas pessoas, além desses vilões, outras patologias são agravadas durante o inverno.

PRUDENTE - Ynaiê Botelho

Data 11/07/2013
Horário 09:37
 

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que as doenças respiratórias ocupam o terceiro lugar entre as maiores causas de morte no mundo. Em tempos de frio, de acordo com o  infectologista prudentino Alexandre Martins Portelinha Filho, as internações causadas por esses males aumentam. Segundo o profissional, o clima seco e as mudanças bruscas de temperatura colaboram para que enfermidades como gripes e resfriados se espalhem rapidamente.

Porém, para algumas pessoas, além desses vilões, outras patologias são agravadas durante o inverno. É o caso da asma, pneumonia, bronquite, rinite e sinusite. "São as chamadas ‘viroses do aparelho respiratório’, que evoluem por conta do clima mais fresco do que estávamos acostumados e propicia a sobrevida de vírus causadores das doenças respiratórias", comenta.

Conforme o profissional, o vírus da dengue, por exemplo, não causa manifestações respiratórias, e é considerada uma virose, onde é comum perceber dores no corpo e febre. Porém, a hipersensibilidade do organismo a algumas substâncias resulta em reações alérgicas como os intermináveis espirros e coceira na região nasal. "As patologias variam de acordo com a estação. No período de chuvas, a dengue é mais comum. Agora, com o clima mais seco, poeira, ácaros, fungos, pêlos de animais, além da fumaça de cigarro e outros agentes irritantes, aumenta a incidência da disseminação desse outro tipo de virose", assegura.

 

Para se proteger

Segundo Portelinha, ao tomar a vacina da gripe, o indivíduo  previne uma das maiores causas de doenças no pulmão. "A gripe pode ter formas leves e graves, o que reforça a importância dessa imunização", aconselha. Além disso, o profissional recomenda que a população mantenha uma vida regrada de hábitos saudáveis, com boa nutrição, hidratação e prática de exercícios físicos. Crianças, idosos e pessoas com doenças que diminuam a imunidade são, segundo o infectologista, os mais atingidos.

 

Automedicação

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no País e no mundo. Alexandre Portelinha adverte que o uso de qualquer medicação feito de forma incorreta ou irracional pode acarretar no agravamento de uma patologia, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. "As consequências são inúmeras, reações alérgicas, mal estar, podendo levar até a morte", lembra.

 
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