Caracterizada pelo enfraquecimento progressivo da massa óssea, a osteoporose é uma doença crônica, multifatorial, que acomete quatro mulheres a cada um homem no mundo. Nesse sentido, as mulheres que já passaram do período de menopausa são as mais propensas a desenvolver essa patologia, que pode acarretar diversas fraturas graves. Por esse motivo e ao fato de ser assintomática, ou seja, não exibe sintomas, ortopedistas recomendam que a visita ao médico, para realização de exames preventivos, seja constante na rotina de mulheres e homens que chegam à terceira idade.
Devido à queda na produção do hormônio estrogênio, após o período de menopausa, 60% das mulheres no mundo sofrem com a osteoporose, pois este funciona como carregador do cálcio para dentro dos ossos, segundo o ortopedista Ramon Cano Garcia. Já nos homens, o profissional explica que o maior causador da doença é a ingestão inadequada de cálcio. “Por volta dos 45 anos, os hormônios vão diminuindo, sendo responsáveis pela colocação do cálcio no osso. Outros não captam a quantidade de cálcio adequada para distribuição”, completa.
O ortopedista explica que o problema maior da osteoporose é o risco de fraturas e a falta de sintomas, que faz com que as pessoas não se atentem à doença, procurando o médico apenas quando sentem dores. Nesse momento, a mesma já se encontra em fase avançada, devido ao cálcio reduzido. Assim, é preciso prevenir a partir de uma alimentação saudável e com a prática de exercícios físicos, bem como indo ao médico realizar exames para avaliar a quantidade de cálcio.
“A pessoa que tem osteoporose tem uma vida dolorosa, porque o osso fica mais frágil. Qualquer queda está sujeito a fazer uma fratura, correndo o risco de até quebrar o osso. Ela tem que viver com cautela e restringir as atividades para não correr qualquer risco”, recomenda o especialista. Em relação ao tratamento, Ramon Garcia diz que deve ser feito com o uso de alendronato de sódio, um medicamento que atua como um inibidor específico da reabsorção óssea, que leva à osteoporose.
“Quando está em fase inicial, com perda parcial, a cura é mais rápida. O remédio resolve, mas tem que tomá-lo e melhorar a alimentação também. Precisa fazer exame regular, principalmente as mulheres, para avaliar a qualidade óssea e diagnosticar precocemente”, acrescenta o médico.