Nomeação de Lula como ministro é marcada com protestos na região

 

A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lula (PT), como ministro-chefe da Casa Civil, rendeu inúmeros protestos no país e também na região, em Presidente Prudente e na Ponte Hélio Serejo, que divide os Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Os protestos de ontem foram iniciados com um grupo de cerca de 70 pessoas que manteve o trânsito parcialmente impedido, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), no trecho da ponte que cruza o Rio Paraná, entre os dois Estados, das 14h até às 16h, em um protesto em reação à posse de Lula, ocorrida na manhã de ontem – mesmo que a mesma tenha sido suspensa pelo juiz do DF (Distrito Federal), Itagiba Catta Preta Neto. A Polícia Militar Rodoviária ressalta que os motoristas podiam passar pelo local por meio do sistema pare e siga e ainda que a área foi monitorada pela PM, em São Paulo, e pela Polícia Rodoviária Federal, no Estado vizinho. Não houve registro de violência na manifestação.

Jornal O Imparcial Os protestos de ontem foram iniciados com um grupo de cerca de 70 pessoas que manteve o trânsito parcialmente impedido, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), no trecho da ponte que cruza o Rio Paraná

Já no fim da tarde de ontem, a partir das 18h, os manifestantes tomaram o Parque do Povo, em Presidente Prudente, com parte dos integrantes do movimento Vem Pra Rua Prudente. De acordo com Chezlacki Junior, líder do movimento e um dos coordenadores da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos na cidade, o manifesto contou novamente com buzinaço. "As pessoas continuam indignadas, mas agora estão mais esperançosas com o impeachment da presidente Dilma Roussef ", comenta. Na noite de quarta-feira, cerca de 200 manifestantes iniciaram os protestos no Parque do Povo.

O manifestante comenta que "agora a situação é diferente". "O impeachment tentou ser instaurado em outubro do ano passado pela Câmara. Mas não ocorreu. Agora, ele foi instaurado novamente. Hoje deve ser entregue um documento e o Executivo terá dez sessões para fazer sua defesa. O processo pode durar uns 6 meses", explica. "O ex-presidente Fernando Collor demorou 14 meses para cair", acrescenta.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República se manifesta por meio da mesma nota publicada sobre os manifestos de domingo, onde informa que "a liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada". "O caráter pacífico das manifestações ocorridas no domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições", esclarece.

O Instituto Lula também foi contatado pela reportagem, mas até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada.
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