Nostalgia envolve primeiras cenas do filme do centenário que deve ser lançado em junho

Vicentini Gomez esteve na cidade esta semana em busca de recursos, R$ 70 mil, para telecenar os vídeos antigos e finalizar o longa que homenageia os 100 anos de Presidente Prudente

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 18/03/2017
Horário 09:52
 

Nostalgia, retratos de uma época! As primeiras cenas do longa-metragem "Histórias & Estórias – cem anos – Presidente Prudente" já estão prontas! Para quem as viu, estão mais do que emocionantes, pois pode parecer clichê, mas "passa um filme" na cabeça de quem se interessa de fato pela história. E o cineasta Vicentini Gomez esteve na cidade esta semana para negociar com as grandes empresas que o município tem, recursos no valor de R$ 70 mil para telecenar os vídeos antigos que têm no museu e os que foram cedidos por famílias de épocas passadas. Assim, finalizar a produção da obra cinematográfica que deve ser lançada em 6 de junho.

Jornal O Imparcial Gravação do filme ocorreu em diversas localidades de Prudente e de outras cidades

Com exceção da equipe de direção, apenas três funcionárias do Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto, foram privilegiadas em assistirem as cenas por um tablet, detalhe, que diminui a qualidade de resolução até 30%. A diretora da unidade Valentina Terescova Romeiro Flores, a professora Eliane Ruiz e Berta Lúcia Nascimento relatam que não imaginavam que estava ficando tão lindo! "Uma delas que acho que vai ser o top do filme, mostra os dois coronéis Marcondes e Goulart conversando em uma mata, comentando sobre as peripécias um do outro. Nossa, de verdade, fica o gostinho de quero mais! A escolha do Antonio Petrin e Carlo Briani para os papéis foi perfeita. Está um filme maravilhoso!", exclama Valentina.

Eliane afirma que certamente os que assistirem não conseguirão conter as lágrimas! "As cenas que vimos estão carregadas de emoção. Uma delas, as esposas de Goulart, Isabel Goulart e dona Mariquinha Cunha , esposa de João do Mato, o primeiro jornalista da cidade, conversam recordando várias coisas do passado. Para nós que já conhecemos a história, que pesquisamos, ver o que faz parte do nosso trabalho diário sendo exposto dessa maneira é muito gratificante", acentua a professora do museu.

Berta Lúcia, do departamento administrativo do museu observa que Vicentini teve a delicadeza de procurar atores que não apenas parecessem fisicamente com os protagonistas dessa história, mas que tivessem toda a sensibilidade de interpretação. "As cenas estão àquela coisa bem de novela sabe, quando termina um capítulo e ficamos ansiosas pelos próximos. Se pelo tablet tivemos essa impressão fico imaginando no cinema. Está lindo mesmo", frisa Berta.

 

Trabalho árduo

Vicentini vem se dedicando dia e noite na produção do longa que marca desde o início do povoamento de Presidente Prudente, antes da chegada do coronel Goulart e seus agregados para a construção do primeiro rancho nesta cidade, até os dias de hoje em que o município com mais de 200 mil habitantes é importante inclusive, para a geração de empregos e saúde das cidades da região.

O copião, ou seja, a edição bruta está pronta. De acordo com Vicentini, agora entra a computação gráfica, 3D. A equipe tem trabalhado, em média, 15 horas diárias para a finalização de 1 minuto e meio a dois do longa, para, até o final de maio, o filme estar todo pronto e ser lançado na data prevista par 6 de junho deste ano.

"O montante que preciso é necessário para terminar esse material, produto de valor inestimável que servirá para pesquisas, para conhecer a época antiga da cidade. Estamos falando de um docudrama que tem uma parte ficcional. Então buscamos cenários que remetem a tempos remotos da cidade. Lugares que eram facilmente localizados até os anos 50 em qualquer parte de Prudente. Hoje, impossível", ressalta o cineasta.

 

Sequência


Vicentini afirma que a fotografia do filme está lindíssima, a arte belíssima. Os atores estão dando um show. E agora a equipe trabalha na pós-produção. Na sequência ele senta novamente à máquina para fazer o corte fino, que é a edição final do filme. A partir dai vai trabalhar a edição e a trilha sonora, que é a última etapa.

Segundo o cineasta, Michel Vicentini e Jotacê Cardoso já estão trabalhando dentro de trilhas mais longas, onde precisa de um pouco mais de música. "A trilha de cinema é diferente de outra produção. Não é qualquer música que pode entrar nela. Às vezes uma nota dá um clima em uma cena super importante. Por isso que explico, tem que ser algo que case com a imagem. Tem que combinar imagem e som", pontua.

Feliz com o resultado Vicentini explica que quando se vai produzir um filme, existe um roteiro que deve ser seguido. Conforme ele, na verdade são duas etapas, duas cabeças que precisam trabalhar. Quem vai escrever o roteiro tem que pensar em imagem e quem vai dirigir precisa ver o que está no papel e transformar em imagem.

Às vezes por uma série de questões de logística ou financeira, por exemplo, aquilo que o roteirista pensou o diretor acaba tendo que desenvolver de uma forma diferente. Então, ele percebe que quando isso aconteceu fizeram sempre o melhor.

"Nessas situações entra a contribuição dos atores, da equipe de arte, figurinos, adereços, tem que ter uma composição de tudo isso. Precisa estar tudo harmônico. Essa complexidade de coisas conseguimos casar perfeitamente. Minha expectativa era uma, acho que conseguimos atingir um pouco acima do que pensávamos", destaca o diretor e ator prudentino.

 

Agradecimento

Vicentini expõe que o orçamento bruto do filme é de R$ 722 mil, desses tirando 10% de captação de recursos então lhe sobrou 640 mil para toda a produção. Com a quantidade de atores de primeira grandeza, que fizeram o filme pelo projeto e não pelo cachê, isso há de se considerar. "O Petrin e o Briani foram muito bem. Porque existe um jogo de ironias o tempo todo e essa ironia tem que ser sensível não pode ser de enfrentamento, tem que gerar humor. Tem cenas engraçadas, das brigas dos dois quando arrancavam aqueles facões enormes, e todo mundo corria. Mas, nunca acontecia nada, mesmo com tantas tentativas, politicamente, de emboscadas de ambos. Apesar da divisão entre os dois o tempo todo, quando se tratava da cidade eles se juntavam. Tem até uma frase que eles dizem: ‘Juntos construímos essa cidade’", enfatiza Vicentini.

 

Elenco principal

Antônio Petrin, Carlo Briani, Genézio de Barros, Gésio Amadeu,  Barbara Bruno, Roberto Arduin; Pascoal da Conceição; Norival Rizzo; Cléo Ventura, Gabriela Rabelo, Helio Cícero, Calixto de Inhamuns, Carla Massumoto, Carlos Garcia, Claudemir Cauzin, Dan Rosseto, Diaulas Ullysses, Eduardo Acaiabe, Fabio Saltini, Luiz Carlos Felix; Marcelo Galdino, Maximiliana Reis, Pedro Paulo Vicentini, Roberto Francisco, Ben-Hur Prado, Denilson Biguete. E mais 150 atores.

 

 

 
Publicidade

Veja também