Nova turma do ensino médio realiza iniciação científica

São seis novos alunos de escolas públicas inseridos em projetos de pesquisa na Unoeste desenvolvidos com o aporte do CNPq

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 03/09/2019
Horário 10:07
João Paulo Barbosa - Isabela, de 16 anos, faz pesquisa científica junto ao curso de Biomedicina, na Unoeste
João Paulo Barbosa - Isabela, de 16 anos, faz pesquisa científica junto ao curso de Biomedicina, na Unoeste

Pelo terceiro ano consecutivo, alunos de escolas da rede pública estadual em Presidente Prudente e região estão envolvidos em pesquisas na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), pelo Pibic-EM (Programa de Bolsas de Iniciação Científica – Ensino Médio) do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).                   

Isabele Nascimento de Oliveira, de 16 anos, faz o 2º ano do ensino médio na Escola Maria Luiza Formozinho Ribeiro. Está encantada com os primeiros passos da pesquisa, que terá a duração de 12 meses, e que faz junto ao curso de Biomedicina, com a orientação da docente Daniela Vanessa Moris Oliveira.

Moradora de Prudente, filha do mecânico Edson de Oliveira e da professora aposentada na rede municipal de ensino Maria Aparecida, Isabele conta que está adorando a experiência. “Acho que encontrei a minha área”, comenta a garota, cuja pretensão pela biomedicina nasceu com o interesse por biologia.

Além do encantamento, há o comprometimento, ao ponto de mudar da Escola Monsenhor Sarrion para facilitar a sua locomoção até a universidade. Sua família mora no Jardim Bela Dária. Seu único irmão, mais velho, fez engenharia mecânica. Tudo indica que Isabele fará biomedicina, estimulada pela prima biomédica, Joyce Marinho.

Jornal O Imparcial

Foto: João Paulo Barbosa - Sérgio faz Agropecuária na Etec e pretende se matricular no curso superior de Agronomia 

 

Sérgio Ferreira da Silva Filho, de 16 anos, também cursa o 2º ano do ensino médio e, ao mesmo tempo, faz o curso de agropecuária na Etec (Escola Técnica) “Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo”, o antigo Colégio Agrícola de Prudente. Está inserido em pesquisa na área do curso de Agronomia, orientado pelo professor André Ricardo Zeist.

Mora em Prudente e seus pais Sérgio e Maria Cilene, vendedores de enxoval, ficaram surpresos quando foi um dos selecionados do programa. “Também fiquei surpreso, pois tinha outros interessados”, diz o jovem que pretende fazer o curso de Agronomia e tem duas irmãs estudando na Unoeste.

Mylene faz o curso de Medicina Veterinária e Mylena faz Biomedicina. Sérgio é o caçula e antes de ingressar na Etec, do Centro Paula Souza, estudou na Escola Municipal Professor Ocyr Azevedo e no Colégio Adventista. Sua família mora no jardim Santa Clara, próximo ao Estádio Paulo Constantino, o Prudentão.

Conforme o coordenador do Comitê Institucional do Pibic-EM na Unoeste, Jair Rodrigues Garcia Júnior, os demais selecionados para a iniciação científica são Adriele Soares Breda, de Indiana; Eloisa Honorato Rocha, de Prudente; Flávia Eloise da Silva, de Narandiba; e Giovanna Lira Batista, de Iepê.

Adriele está vinculada ao curso de Pedagogia e sua orientação é da professora Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos; Eloisa está no curso de Agronomia com o docente Fábio Rafael Echer; Flávia na Medicina Veterinária com o professor Vamilton Álvares Santarém; e Giovana na Odontologia com a docente Eliane Cristina Gava Pizi.

Entre os alunos da turma anterior, está Giovana de Souza Gonçalves, da Escola Professor Miguel Omar Barreto. Seu vínculo é com a pesquisa de caráter internacional conduzida pela professora Camélia Santina Murgo, do curso de Psicologia e do mestrado em Educação, que acaba de encerrar o estudo na Universidade de Lisboa, em Portugal.

Conforme Giovana, a etapa final de sua iniciação científica será a apresentação no 24º Enepe (Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão), de 21 a 24 de outubro na Unoeste. “A iniciação científica foi muito importante para mim. Foi com ela que tive a certeza de que eu quero fazer o curso de Psicologia”, conta.

“Conhecendo o assunto da pesquisa, posso argumentar sobre o que é muito importante e levar essa informação para a minha escola e em tantas outras instituições, se possível”, comenta sobre o estudo que envolveu alunos do Brasil e de Portugal em formulação de propostas para superar problemas escolares.

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