Em 2016, o número de pessoas efetivamente empregadas por meio do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) da região de Presidente Prudente sofreu queda de 63,9% em relação ao ano anterior. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o posto coordenado pela Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo) contribuiu para a inserção de 177 pessoas no mercado de trabalho, ao passo que, no mesmo período de 2015, 491 conseguiram uma colocação. A quantidade de vagas ofertadas também caiu, de acordo com o balanço emitido pelo centro regional. Enquanto em 2015 houve a oferta de 1.192 postos de trabalho, 746 vagas foram abertas em 2016, o que representa uma redução de 37,4%.

Marilyn está desempregada há 6 anos: "Aceito o que vier"
Entretanto, conforme a diretoria do órgão, a quantidade de contratações efetivas pode ser diferente do número divulgado, tendo em vista que "há empresas que ainda não deram o retorno". Em contrapartida, o posto promoveu 4.722 encaminhamentos, 1.562 cadastros e 24 mil atendimentos ao longo do último ano. Quanto aos postos de trabalho destinados a pessoas com deficiência física, a unidade disponibilizou duas vagas, no entanto, nenhuma foi preenchida.
Ainda segundo a diretoria, o começo do ano trouxe bastante movimento para o posto. A desempregada Marilyn Gaspar Lúcio, 29 anos, foi uma das pessoas que decidiram iniciar 2017 intensificando a busca por um emprego. Ela almeja uma vaga no mercado de trabalho há seis anos e até o momento tem encontrado dificuldade. "Aceito o que vier, desde uma vaga como auxiliar administrativa até atendimento no comércio", afirma.
O analista de sistema, Silas Eduardo Borges, 42 anos, procura um novo trabalho há seis meses e decidiu recorrer ao PAT após ouvir referências sobre o local. Com o objetivo de conseguir uma colocação como analista de TI (tecnologia da informação), ele entregou até agora seis currículos. Sua expectativa para 2017 é que as oportunidades no mercado de trabalho sejam melhores. "Infelizmente, temos uma taxa muito grande de egressos da faculdade e um número muito pequeno de contratações", avalia.
A desempregada Silvana Silva dos Santos, 45 anos, também topa qualquer chance que lhe surgir. Procurando emprego há um ano, ela comenta que já fez a distribuição de 20 currículos. "O mercado está bem difícil", pondera.