Dados da Secretaria de Planejamento e Integridade do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) indicam que Presidente Prudente, com, atualmente, 195 farmácias em funcionamento, apresenta oferta deste tipo de estabelecimento superior às médias estadual e nacional. Segundo a Gerência de Fiscalização da entidade, em levantamento realizado em fevereiro de 2025, consolidado no Relatório de Fiscalização Anual 2024 do CRF-SP, o município, considerando uma população estimada de 234.083 habitantes, registra um índice de 1.200,42 habitantes por farmácia.
Em matéria publicada em 2018, este diário noticiou que o setor farmacêutico de Prudente contava com 163 estabelecimentos em funcionamento nos 560,037 km² da cidade, ou seja, cerca de um estabelecimento a cada 3,4 km². Levando em conta os dados atuais, a capital do oeste paulista apresenta elevação de 19,6% no número de farmácias em funcionamento.
O índice de 1.200,42 habitantes por farmácia posiciona a capital o oeste paulista com uma densidade superior à média estadual de São Paulo (1.805,41 habitantes/farmácia) e também acima das médias de macrorregiões vizinhas, “demonstrando uma elevada capilaridade do serviço farmacêutico em Prudente”, aponta o conselho. “Verifica-se que Presidente Prudente apresenta oferta de farmácias superior às médias nacional e estadual, o que assegura um acesso facilitado da população ao serviço farmacêutico”, explica o ouvidor da Secretaria de Planejamento e Integridade do CRF-SP, Diego Lima da Silva.
Ele esclarece que, não há no Brasil, norma oficial que determine um número ideal de farmácias por habitantes. Contudo, tal diagnóstico pode ser feito com referências técnicas e estudos de mercado, como os divulgados pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), que apontam que o Brasil apresenta, em média, uma farmácia para cada 2 mil habitantes, com cinco farmácias a cada 10 mil habitantes, segundo levantamento de 2024. A Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), em seu relatório anual de 2023, também indica concentração elevada nas regiões urbanas mais densas.
“O fácil acesso a farmácias é relevante por representar um ponto estratégico de atenção à saúde, promovendo o uso racional de medicamentos, adesão terapêutica e orientações farmacêuticas, além de contribuir com a promoção da saúde e prevenção de doenças, especialmente em áreas urbanas densas”, argumenta o ouvidor.
“Por fim, destacamos que, mesmo com números favoráveis, a efetividade da assistência farmacêutica depende não apenas da quantidade de estabelecimentos, mas também da qualidade dos serviços prestados, da presença contínua de farmacêuticos habilitados e da adequada distribuição geográfica, aspectos que são objeto de constante monitoramento pelo CRF-SP”, esclarece o representante da entidade.
Os dados do CRF-SP foram fornecidos à reportagem por meio do SIC (Serviço de Informação ao Cidadão) que, conforme a entidade, trata-se de um pedido de qualquer informação contida em registros ou documentos produzidos ou acumulados pela entidade. Isso, em qualquer meio, suporte ou formato ou informação sobre atividades exercidas, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços, sendo o mesmo um direito garantido pela Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) juntamente com o Decreto nº 7.724/2012 (Regulamenta o direito de acesso dos cidadãos às informações públicas, previsto na Constituição).
