O Brasil precisa da indústria

OPINIÃO - João Carlos Marchesan

Data 26/11/2019
Horário 04:43

O governo atual e sua equipe econômica trabalham na direção de proporcionar ao Brasil ganhos de produtividade e competitividade. A aprovação da reforma da previdência, o avanço na tramitação da reforma tributária, a promulgação da lei da liberdade econômica, junto com o atual cenário de inflação sob controle e a taxa Selic em níveis historicamente baixos, criam uma conjunção de condições favoráveis e necessárias para o crescimento da economia.

Nossa entidade vem buscando colaborar com diversas equipes do governo, na busca de apontar caminhos e alertar contra possíveis riscos. Para isso, já levamos às nossas autoridades diversos estudos e propostas em temas como abertura comercial, agenda de competitividade, normas regulamentadoras, desburocratização, melhora na legislação trabalhista e combate ao custo Brasil, entre outras.

Gostaria de salientar aqui a iniciativa da Sepec (Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade) do Ministério da Economia,  encabeçada pelo secretário especial Carlos da Costa, em realizar um projeto em cooperação com a sociedade brasileira. A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) vem participando deste projeto trazendo colaborações. O objetivo é oferecer à própria Sepec uma ferramenta de monitoramento das assimetrias sistêmicas do país que há anos vem tornando o Brasil menos competitivo, possibilitando assim ações focadas de correção. O estudo está sendo operacionalizado pela Bcg Boston Consulting Group.

Lembramos que a indústria de máquinas já exporta mais de 40% do seu faturamento. Acreditamos  que com o aumento da competitividade proporcionada pelas medidas em curso, adicionadas a uma política de seguro de crédito e financiamentos aos exportadores, o Brasil pode melhorar sua pauta de exportações agregando a ela maior valor e tecnologia.

Essa demanda adicional vinda das exportações, ao reduzir capacidade ociosa e ao ajudar a recompor margens, proporcionará a retomada do investimento privado,  recuperando o emprego e estimulando o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

A recuperação dos investimentos e do crescimento econômico e, com ele, dos empregos, permitirá recompor as contas públicas e a capacidade do Estado de fazer políticas sociais, capazes de reduzir as diferenças entre os brasileiros e oferecer oportunidades iguais para todos.

 

 

 

 

 

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