O holandês Emile Ratelband, 69 anos, surpreendeu a sociedade e, sobretudo, os meios jurídicos, ao iniciar uma inusitada (provavelmente inédita) batalha para, em termos legais, ser reconhecido com 20 anos a menos. E ele se justificou: “Vivemos em uma época em que é possível mudar de gênero e de nome. Por que não posso mudar a minha idade? Se, em um primeiro momento, este pleito pode parecer absurdo, por trás deste raciocínio está uma questão extremamente pertinente, que merece um debate profundo. E ele ainda diz: “Sinto que sou jovem, estou em forma, esbelto e quero que tudo isso seja reconhecido legalmente, já que sou ofendido, prejudicado e discriminado pela idade. Quando fiz 69 anos, fiquei limitado. Se eu tivesse 49, poderia trabalhar mais. (Exame/junho/2022)
Pela idade que você tem hoje, seja bem provável que se considere ter uns 10,15 ou 20 anos menos. Isso, evidente, considerando tudo que já tenha feito e se sentindo verdadeiramente mais ativo em grande parte das coisas que tenha realizado. Podemos até falar, mas muito menos julgar quem realmente esteja se sentindo assim, pois cada um sabe de suas reais condições físicas e psicológicas. A ciência tem nos provado que a cada ano que passa, o quanto podemos nos sentir bem melhores, mais ativos e bem-dispostos, se seguirmos ou pelo menos tentarmos fazer o nosso melhor, dentro das condições que possamos realizar as inquietudes diárias.
Numa mera concepção, penso que se partirmos de três pilares (fortalecer o corpo, educar a mente e trabalhar o espírito), pois já havia destrinchado isso em outro artigo, e que interligadas podemos ir muito além (mesmo fazendo tudo isso não temos a garantia de vida longa, mas tentamos). Seja possível que muitos venham se preparando para que o desgaste do tempo não chegue tão demasiado e lhes permita o básico de suas condições diárias, isto é fisicamente e mentalmente das ações. E você, o que tem feito ou realizado dentro de suas condições para que sua idade esteja bem menor?
Partindo da premissa enunciada acima, nos vem a tão assombrosa questão de que muitos estão acima da idade, enquanto outros se julgam totalmente capazes de dar continuidade e sentido a sua existência. E aí, o que o podemos esperar ou fazer desse tão e até nostálgico momento de nossa plenitude e ser reconhecidamente valorizado pelas nossas condições de poder somar a qualquer empresa ou entidade que se julgue na plenitude de aceitar pessoas acima de uma certa idade?
Em tempos de evolução, desenvolvimento e crescimento, seja em qual área, setor ou empresa, haja vista a importância na soma de que a experiência, capacidade e determinação estejam interligadas aos que verdadeiramente acreditam nisso. Queremos aplaudir de pé, as empresas que acreditam no etarismo e procuram incluir o mínimo de pessoas em seus grupos. E lamentamos as que ainda estão em dúvidas e não ousam nisso. E você, ainda se sente ativo?
