O Estado de São Paulo saiu da fase emergencial e avançou para a fase vermelha do Plano São Paulo – medida que entrará em vigor a partir de segunda-feira. A mudança permite atividades presenciais nas escolas, funcionamento de alguns serviços considerados essenciais, bem como a retomada de competições esportivas profissionais. Porém, não altera o alerta sobre a pandemia da Covid-19. E lá vamos nós... Outra vez com a chance de tentar mudar esse cenário para melhor.
Para falar bem a verdade, nunca houve, de fato, uma quarentena no Estado. Isso porque muitos fecharam os olhos sobre a gravidade da doença e continuaram vivendo suas vidas normalmente, como se nada tivesse acontecido. Em Presidente Prudente, por exemplo, ruas e parques continuaram lotados, e nem mesmo a fiscalização inibiu a presença de cidadãos aglomerados. Essa é uma preocupação da Prefeitura, que aposta no “lockdown da consciência”, mas que também não descarta possíveis medidas rígidas e mais restritivas para conter o avanço da doença.
Mas, até quando será possível acreditar na conscientização do ser humano? Em um período em que tanto se falou em amor ao próximo, ao que parece, saiu apenas da boca para fora. Festas continuam ocorrendo, não mais em chácaras, mas em residências; quadras poliesportivas e pistas de skates ainda geram aglomerações; nos arredores dos parques, todo começo de manhã é possível encontrar embalagens de fast food consumidos na madrugada. Ou seja: o ser humano ainda não entendeu que é para ficar em casa e sair somente se necessário!
Mas não adianta falar. Talvez, a alternativa seja realmente decretar lockdown sujeito a penalidades para quem for pego descumprindo as regras sanitárias. Com a saída do Estado da fase emergencial, muitos terão a impressão de que a situação está se normalizando, mas muito pelo contrário, ainda exige cuidado e esforço para que a pandemia acabe logo. Se depender da ação de uma parcela da comunidade, a quarentena estará longe, mas muito longe do fim.