Diariamente, um número enorme de idosos dá entrada em hospitais em todo o mundo, devido às quedas.
Ainda bem que a maioria dos acidentes domésticos não apresenta grandes repercussões.
A maioria dos casos resulta em pequenos hematomas nos braços e couro cabeludo, escoriações, pequenos cortes nos lábios e nos supercílios, mas há outras situações onde os quadros são graves, como fraturas de ombros, braços, antebraços e até fraturas de bacia, fêmur e de crânio, necessitando de internações e procedimentos cirúrgicos, trazendo risco enorme à vida e tirando o idoso do seu ambiente familiar.
Constatamos que os quadros de quedas acontecem nem sempre na rua ou ambientes abertos, mas dentro do próprio lar.
Um descuido, e algumas vezes pequenos escorregões, e em outras situações por obstáculos e dificuldade de caminhar dentro da própria casa. As causas são variadas.
São móveis antigos, muitas vezes presentes de casamento que já estão há 50, 60 anos ou mais, que se acumulam aos novos e dificultam o caminhar. Aquele sofá grande onde a família toda se reunia, mas agora, poucos sentam, ele pode ser o vilão destas quedas. Precisa ser avaliado, pois ele pode ser trocado por um menor, mais atualizado.
Nos quartos, as cômodas e guarda-roupas ocupam também enorme espaço, dificultando a movimentação e podem ser retirados.
Na cozinha, às vezes estão ainda grandes mesas de jantares para seis, oito ou até dez pessoas, mas que agora só tem o casal de idosos para fazer duas refeições. Lembrar que as prateleiras devem ser firmes e na altura apropriada para facilitar o manuseio. Substituir pode ser uma dor de cabeça, discussão e brigas em família, mas com jeitinho...
E no banheiro! Este é o mais perigoso. Mais da metade dos acidentes domésticos acontecem aqui, seja por falta de corrimão ou um pequeno tapete antiderrapante que muitas vezes custa muito pouco.
Fazer adequações dentro do lar, muitas vezes construído há mais de meio século, é prioridade para segurança de quem já chegou na terceira idade.
Filhos precisam ficar atentos, pois a segurança física dos nossos queridos familiares é fundamental e permite a eles terem saúde, autonomia e independência.