Um crédito de carbono é um certificado digital que segue a um protocolo internacional reconhecido que comprova que através de suas atividades, uma empresa ou um projeto ambiental evitou a emissão de uma tonelada de dióxido de carbono. O crédito de carbono surgiu em 1997, com o advento do Protocolo de Quioto, em seus mecanismos de flexibilização: Implementação Conjunta; Comércio de Emissões; e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Em linhas gerais, segundo Luis Felipe Adaime, CEO e fundador da Moss Earth, “entidades internacionais, fundações sem fins lucrativos e registros globais, certificadoras seguem o protocolo global considerando, por exemplo, uma empresa de energia quando ela, ao invés de fazer uma térmica a carvão, ela executa um parque solar, ela está deixando de emitir milhões e milhões de toneladas de CO2 ao ano, e por isso ela recebe certificados equivalentes a aqueles dióxidos de carbono evitados, gerando créditos de carbono para serem vendidos para as empresas poluidoras”.
Desta forma, o sistema funciona como se fosse uma câmara de compensação no qual empresas que poluem a mais do que um certo limite são forçadas nos mercados regulados a comprarem créditos de carbono de empresas que emitiram abaixo de certo limite. E os números no geral do mercado são, nós como humanidade, emitimos 55 bilhões de toneladas de CO2 ao ano. Não obstante, esse número há 12 anos era de 25 bilhões, ou seja, estamos num caminho péssimo de aumento nas emissões de gases poluentes e/ou gases de efeito estufa.
Destes 55 bilhões, cerca de 12 bilhões de toneladas, ou 21 a 22% deste montante são comprados ou mitigados/compensados via compra de créditos de carbono por empresas dentro do mercado regulado de carbono. Cerca de 70% do mundo está em mercados regulados com poder de polícia no qual se uma empresa poluidora passa de um limite e ela não compra créditos de carbono, a empresa é fechada. Esse número de empresas em mercados regulados representa 99% do mercado global de créditos de carbono. Há três anos, representava 20% do PIB global, hoje em dia é de 70%, e deve atingir 100% nos próximos anos.
Fonte:
1) https://www.youtube.com/watch?v=esRBzdQoXiU;
