O que seria de nós sem remédios?

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 08/10/2025
Horário 05:00

Um, dois, três… sete, oito, nove e dez tipos de remédios que minha mãe toma.
Começou há muitos anos com o primeiro, para controle da hipertensão arterial; depois os colírios, em seguida os de controle do colesterol… até que uma trombose do cerebelo aumentou assustadoramente o número, mas felizmente, a mantém equilibrada.
Com certeza nenhum deles é prescrito por mim, mesmo sendo médico, todos são orientados por médicos, e cada um na sua especialidade.
O que faço, algumas vezes, em momentos de urgência, é adicionar sob minha prescrição médica, mesmo que não precisar deixá-la na farmácia, aquele descongestionante ou antialérgico. Por isso sempre lembrar que é importante não fazer uso de medicamentos sem indicação médica e também sem acompanhamento do profissional.
E muita atenção: jamais interromper um tratamento sem consultar seu médico, seja particular, do convênio ou do SUS (Sistema Único de Saúde). Sempre que tiver dúvidas, ligue para ele ou vá ao postinho de saúde.
Observar que os medicamentos vêm com tarjas - especialmente, os medicamentos com tarja vermelha que devem ser vendidos com receita médica porque podem causar importantes efeitos colaterais.
Outra observação que devemos observar são os horários. Alguns são administrados de 4/4 horas, outros de 6/6h, ainda 8/8h e 12/12h.
Há um bom tempo, a indústria farmacêutica, em observação com a medicina, tem desenvolvido medicamentos que podem ser administrados uma vez ao dia, de 7/7 dias ou mensalmente, o que facilita muito já que muitos pacientes são idosos com varias comorbidades e muitas vezes familiares não possuem disponibilidade para administração mais detalhada.
Papel importante consiste das cuidadoras de idosos, pois elas estão presentes, diariamente, e supervisionando cada administração de remédio, em seus possíveis efeitos colaterais.
Já pensaram se não tivéssemos remédios? Como ficariam os tratamentos?
Dores seriam insuportáveis. Anemia mais intensa. Infecções muito graves com risco de vida. Pressões arteriais não seriam controladas, enfim...
 

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