Falar sobre livros físicos e o hábito da leitura pode parecer, para alguns, algo nostálgico. No entanto, nunca foi tão urgente valorizar o papel transformador dos livros na formação de cidadãos críticos, sensíveis e preparados para os desafios do mundo. Nesse contexto, é louvável a iniciativa da Prefeitura de Pirapozinho, por meio da Divisão Municipal de Educação, que acaba de anunciar a aquisição de um novo acervo literário para as escolas do ensino fundamental.
Trata-se de um investimento direto na construção do conhecimento. A leitura desenvolve a imaginação, amplia o vocabulário, fortalece a capacidade de argumentação e enriquece a expressão oral e escrita dos estudantes. Ter acesso a livros físicos, que podem ser manuseados, sublinhados, revisitados, representa uma experiência sensorial e intelectual que nenhuma tela consegue substituir. O contato com o papel, o silêncio da leitura solitária, a troca de impressões em roda com os colegas: são vivências que moldam mentes e fortalecem vínculos afetivos com o saber.
Por isso, é dever do poder público não apenas incentivar a leitura, mas dar o exemplo. Quando uma administração municipal destina recursos para renovar acervos, valorizar a literatura e enriquecer o ambiente escolar, ela demonstra, na prática, seu compromisso com a educação de qualidade. A medida tomada em Pirapozinho vai além de oferecer livros; ela oferece oportunidades. Oportunidade de aprender, sonhar, questionar e crescer.
É fundamental que outras gestões sigam esse caminho. Políticas públicas de incentivo à leitura devem ser permanentes, com bibliotecas escolares vivas, projetos de mediação de leitura e formação continuada de professores. Apostar em livros é apostar no futuro.
Que o exemplo de Pirapozinho inspire gestores, educadores e a sociedade como um todo a revalorizar o livro físico como instrumento essencial de transformação. Porque onde há leitura, há liberdade. E onde há investimento em educação, há esperança.
