Obesidade infantil, um problema de saúde pública

OPINIÃO - Marcos Akira Mizusaki

Data 24/11/2021
Horário 05:00

A obesidade consiste no excesso de peso do indivíduo, resultante de uma associação de inúmeros fatores, notadamente genéticos, ambientais e comportamentais. Infelizmente, a obesidade não atinge somente os adultos. Estima-se que no Brasil, a cada três crianças de 5 a 9 anos, uma está com sobrepeso ou sofrem de obesidade. 
Crianças com obesidade correm riscos de precocemente desenvolverem diversas doenças como diabetes, problemas ortopédicos, distúrbios psicológicos, doenças cardiovasculares e hipertensão. Além disso, face ao descontentamento de seu corpo, também favorece a busca de isolamento, afetando negativamente no seu desenvolvimento social, agravado com o aumento da probabilidade de serem vítimas de bullying nas escolas. 
Portanto, os pais devem estar atentos ao ambiente familiar no que tange à alimentação dos seus filhos. Os salgadinhos, biscoitos recheados, refrigerantes e frituras devem sair de cena e darem espaço aos alimentos mais saudáveis, como arroz, feijão, legumes e frutas. 
Junte-se a isso à maneira de se alimentar. Nosso cérebro leva em torno de 20 minutos para comunicar que já consumiu a quantidade de alimento suficiente. Pesquisas apontam que as pessoas que aguardam esse tempo para decidir se repete ou não o prato, quase 70 % acabam desistindo pela sensação de saciedade. Portanto, a ingestão dos alimentos tem que ser vagarosa, precedida de perfeita mastigação.  
Além disso, a prática de atividades físicas do mesmo modo deve fazer parte do cotidiano das pessoas. Atualmente, a vida sedentária tem sido um grande vilão na saúde, atingindo não só os adultos, mas cada vez mais os menores, notadamente após o avanço da tecnologia, que oferece vários tipos de entretenimento sem sair de casa.
Isso não deixa de ser um problema de saúde pública. Devido importância do tema em questão, foi instituído o dia 3 de junho, o Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, cabendo ao Estado fomentar políticas públicas para que a sociedade em geral tenha conhecimento destas informações relevantes que refletem diretamente na saúde das crianças, onde a busca de uma vida saudável seja algo comum no cotidiano familiar, quer na escolha correta dos alimentos, quer na exclusão de uma vida sedentária. 

 

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