Oficina aborda história da comida nordestina

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 25/06/2017
Horário 14:13
José Reis, Participantes puderam colocar a mão na massa e cozinhar pratos típicos, na oficina de ontem
José Reis, Participantes puderam colocar a mão na massa e cozinhar pratos típicos, na oficina de ontem

 

Na manhã de ontem, quem passou pelo Sesc Thermas de Presidente Prudente pode ter um contato maior  com a culinária nordestina. Em uma oficina organizada pela unidade, a população interessada conseguiu, literalmente, colocar a mão na massa e preparar pratos típicos da região nordeste do Brasil, como a tapioca e baião de dois. Tudo isso, com o auxílio de nutricionistas, que também investiram na parte histórica, relatando um pouco das influências que as comidas têm de outras nacionalidades e costumes.

Para ser mais específico: africana, indígena e portuguesa. Essas são as principais origens que estão atreladas à culinária nordestina, como explica a nutricionista Karla Neves. De acordo com ela, o curso vem com a intenção de permitir, àqueles que não têm acesso, a chance de entender um pouco mais da história da região nordeste do país, bem como discutir e realizar práticas que, muitas vezes, já estão no cotidiano, mas as pessoas não sabem que possuem a influência.

“Como, por exemplo, o ato de refogar e cozinhar, que é de origem lusitana. As pessoas esquecem que tudo que fazemos tem um porquê e uma nascença propriamente dita. Então, a gente está aqui para isso, botar a mão na massa, mas entendendo e explicando sobre cada ingrediente e modo de preparo”, explica Karla. Sobre os alimentos e pratos, a nutricionista também expõe que as pessoas estão diariamente comendo e utilizando itens da culinária nordestina, como o cará e a própria tapioca, “que voltou a estar em alta, por conta do baixo valor calórico”. “O mundo fitness, se assim, podemos dizer, acaba mostrando um consumidor fiel do produto”, completa.

Mas não existem apenas aqueles que desconhecem a comida nordestina. A quem sabe, come e veio com a intenção de aprender sobre o alimento. A aposentada Elza Siqueira Marques de Carvalho, 71 anos, chegou de viagem de Goiás, porém, mesmo com o cansaço, conforme dito por ela, levantou cedo e foi participar da oficina. Interessada na parte histórica e no preparo dos alimentos, à reportagem, ela garantiu que é uma “fã de carteirinha da tapioca” e que veio para conhecer as origens de tudo.

Na atividade, que continua hoje, Elza explica que vai trazer a filha, pois, segundo ela, é quem sempre quis aprender e mesclar com a culinária regional. “Ela sempre teve esse interesse de fazer pratos para vender, mas toda vez pensando em inovar. Essa é uma oportunidade para isso”, diz.

 

Segundo dia

Na manhã de hoje, a partir das 10h, no quiosque da unidade de Prudente, a oficina de culinária nordestina continua e todos podem participar.  As inscrições devem ser feitas antecipadamente, com vagas limitadas.

 

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