Segue neste fim de semana as apresentações de espetáculos que marcam o encerramento das Oficinas de Teatro mantidas pela Secult (Secretaria Municipal de Cultura), no Teatro Paulo Roberto Lisboa, no Centro Cultural Matarazzo em Presidente Prudente. Os alunos encenam duas montagens neste sábado e outra amanhã. Os ingressos custam R$ 10.
Na programação de hoje, às 21h, com 75 minutos de duração e classificação livre, o primeiro espetáculo é "Peças e Pessoas", um texto de Luís Alberto de Abreu, uma realização do Curso de Teatro do Projeto de Formação Sociocultural e Artístico. A direção é de Thiago Cardoso com assistência de Elora Carolina. Conquistar novos espaços. Peças de xadrez são pessoas, e pessoas são simples peças de xadrez num jogo entre norte e sul da periferia. Vermelhos e azuis travam uma batalha por um espaço. A batalha cotidiana entre os poderosos e os menos favorecido. Um paralelo da realidade da periferia e a disputa pelo poder no antigo e desbastado reino de Navarro! O real e o fabulesco, os trâmites do submundo e o xeque-mate! A Periferia pede um novo olhar.
Núcleo de Formação Teatral apresenta "O Primeiro Voo de Ícaro" às 20h de amanhã
Amanhã, às 20h, será a vez da turma do Núcleo de Formação Teatral, com direção de Denílson Biguete apresentar "O Primeiro Voo de Ícaro". Em 70 minutos, um baile de formatura do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola pública é o pano de fundo para o texto de Luis Alberto de Abreu, o qual, dentre tantos formandos, faz um recorte de três narrativas: Zilah, uma menina que nasce condenada por questões sociais e raciais a não dar certo na vida; Leona, uma garota em conflito com a descoberta das próprias emoções e que resolve se apaixonar desesperadamente e Joel, um menino em constante conflito com os pais, provocado pelas interferências que os mesmos fazem na sua vida.
Primeiros espetáculos
Na quarta foi a primeira exibição da programação com os alunos do Curso de Teatro do Projeto de Formação Sociocultural e Artístico com "Vida Seca Severina". A seca chegou. Junto, toda dificuldade de sobrevivência no sertão nordestino brasileiro. O drama retrata a jornada de retirantes, que buscam comida, água, abrigo e, principalmente, esperança. Anseios, sonhos, frustrações e muito sofrimento vêm à tona enquanto a família se retira, levando o público a refletir sobre vida e morte. A peça "Vida Seca Severina" foi baseada em dois clássicos da literatura brasileira, Vidas Secas (Graciliano Ramos) e Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto), por Carol Nader. E na quinta "Aurora da Minha Vida", de Naum Alves de Souza, com os integrantes do Curso de Teatro do Projeto de Formação Sociocultural e Artístico. Numa capa de poesia criada pelo humor muito singular de Naum, a história se passa dentro de uma sala de aula em uma escola dos anos 70, e é baseada em sua própria experiência como aluno e professor. A peça mostra as relações e conflitos entre alunos e professores e o sistema escolar repressor e antidemocrático de uma maneira leve e divertida. Tudo vem à tona nos personagens denominados por suas características ou funções: diretor, padre, professor e os alunos Quieto, Gorda, Adiantado, Gêmeas, Órfão, Puxa-Saco e Bobo, num tempo de grandes revoluções, de desejo de liberdade e de muita palmatória para o "próprio bem". É um clássico do ontem, do hoje e do amanhã. Ambos com direção de Cida Camargo.
