"Olhos Vendados” aborda importância da conscientização sobre a inclusão social

De acordo com o diretor João Francisco da Cunha, filme conta a história de Nando, de 14 anos, que além de autista tem fobia

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 24/08/2016
Horário 07:45
 

Mesmo diante da crise que assola todos os setores do país, as pessoas não deixam a esperança se esgotar e buscam de todas as formas darem sentido as suas lutas, seus sonhos, à vida! E aqueles que expiram e inspiram a arte se renovam todo o tempo e, em suas criações dialogam com os mais diversos públicos. É o caso do cineasta João Francisco Souza da Cunha, de Rancharia, que está gravando seu novo filme intitulado "Olhos Vendados". Uma reflexão sobre a inclusão social! As filmagens estão em andamento, mas a equipe precisa de patrocínio para sua conclusão, com expectativa de lançamento para o mês de outubro.

De acordo com o diretor, o curta-metragem conta a história de Nando (Felipe Pinheiro) um garoto de 14 anos, que além de autista sofre de fobia social. Sua mãe, Sandra (Eliana Almeida) decide procurar a ajuda de um especialista e chega até o psiquiatra Augusto (Vilarino Gomes), que ensina o adolescente a jogar xadrez e acaba descobrindo um autodidata, um grande talento!

Jornal O Imparcial Gravações ocorrem em Rancharia: anfiteatro, consultório, interna e externa, clube com torneio de xadrez e rua

"A principal mensagem do filme é a importância da inclusão social. De que é preciso abrir a mente, tirar a venda dos olhos e ter a certeza de que podemos fazer a diferença na vida do outro. Entender que em um mundo de preconceitos social, racial, todos, indiferente de classe econômica, raça, ou deficiência de alguma habilidade, merecem respeito e auxílio. No caso de ‘Olhos Vendados’ o psiquiatra usa outros caminhos e não seu dom na medicina para ajudar Nando. Ele se aproxima primeiramente como um amigo", ressalta João.

 

Nos bastidores

O diretor comenta que muitos podem achar que é fácil produzir um filme. Mas, não tem ideia do trabalho árduo que envolve toda uma equipe. Preparação de roteiro, script, elenco, dias e noites de filmagens internas e externas, depois vem a edição que é outra trabalheira, trilha e efeitos sonoro. Enfim, para os mais desavisados, calcule filtrar 20 minutos de mais de seis horas de gravação, por exemplo, que é o tempo que a equipe utilizou até o momento!

Conforme João, nas filmagens, usarão a técnica de stop motions também no tabuleiro de xadrez para mostrar o ator principal pensando as várias possibilidades de combinações de jogadas. As gravações estão ocorrendo todas em Rancharia em várias locações são no anfiteatro, consultório, casa interna e externa, clube com torneio de xadrez e rua.

 

Apoio

Diante das dificuldades dos cofres públicos, João explica que o governo municipal de Rancharia não pode investir financeiramente no filme, mas a Secretaria de Cultura, por meio de seu titular, Marcos Barbosa, tem ajudado como pode.

A equipe também tem recebido apoio de muitas pessoas, como de vários atores de Assis que serão figurantes do curta. O comércio local, igualmente.

"Lembramos que os colaboradores tem sua logo, sua marca no começo e final do filme mostrando ao expectador seu apoio a um tema de abordagem importante: a capacidade de todo e qualquer ser humano. No filme, Augusto venda os olhos de Nando, para jogar xadrez com o objetivo de ajudá-lo a superar o medo que tem de sair de casa. Dessa forma o menino consegue ir para vários lugares. Ou seja, precisamos ser criativos para descobrir algumas soluções para a vida. Sair da nossa zona de conforto!", exclama o diretor.

 

Envolvimento

Somando nove curtas, no ano passado, o cineasta João Francisco Souza da Cunha, lançou "Rancharia e o desastre aéreo de 1951", um documentário importante para a história da região retratando nas telas, um fato verídico: o acidente ocorrido em 18 de maio de 1951, com o avião comercial DC-3 prefixo PP-SPL, da Vasp. A aeronave levantou voo no Aeroporto de Congonhas com destino a Presidente Prudente e após escala em Santa Cruz do Rio Pardo, caiu a 6 quilômetros de Rancharia (sentido do balneário), matando todos os ocupantes - quatro tripulantes e três passageiros.

 


 

FICHA TÉCNICA

Título: Olhos Vendados

Produção: Manifesto das Artes

Direção e Roteiro: João Francisco Cunha

Assistente diretor: Andrei Silva

Diretor de fotografia: Regis Garcete

Som: Douglas Pereira da Silva

Assistente fotografia: Otávio Oliveira

Produtor: Lela Pifer e Nivaldo Deganello

 

Serviço


Pessoas físicas, empresários, comerciantes e industriários que quiserem fazer parte de mais este projeto do cineasta João Francisco Souza da Cunha, basta entrar em contato pelo telefone (18) 3265-6188. Ou com o secretário de Cultura, Marcos Barbosa.

 
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