Os Melhores Anos da Humanidade (2)

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista à moda antiga na era digital

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 24/05/2022
Horário 05:30

Desde que o mundo é mundo, todas as épocas - ou todos os séculos - não foram muito fáceis para a humanidade. Guerras, genocídios, epidemias e outros males atazanaram homens e mulheres nas sociedades ditas civilizadas. Por falar em genocídio, pouco se fala do massacre dos índios norte-americanos, talvez o pior da História.
Com a ajuda do general Custer, colonizadores mataram pelo menos 80 milhões de índios, mas alguns estudos apontam números mais trágicos: entre 100 e 114 milhões de vítimas, incluindo índios mortos por doenças provocadas propositalmente pelos brancos.
Mas cá estou para falar dos melhores anos da humanidade e um dos períodos mais deslumbrantes foi a Belle Époque (1871-1914) na Europa. Foi uma época de grande efervescência cultural e de grandes invenções. Avião, automóvel, cinema, lâmpada elétrica e o telefone foram inventados nessa época marcada pelo otimismo.
Karl Benz inventou o automóvel em 1876 e, em 1906, Santos Dumont inventou o avião, coisa que os americanos não aceitam de jeito nenhum. Para eles, os inventores foram os irmãos Wright, cujo avião não tinha trem de pouso e era "arremessado" ao ar por uma espécie de catapulta.
A Belle Époque durou até 1914 e o mundo mergulhou em trevas. Começou a Primeira Guerra Mundial, encerrada em 1918 com 10 milhões de mortos. Depois, os donos do mundo juntaram os cacos, como está hoje o Brasil, e, a partir de 1920, começou outro período até certo ponto progressista: os deslumbrantes anos 20. Época de ouro do jazz e o início da produção de grandes filmes em Hollywood, com Chaplin dando as cartas.
Durou pouco. Em 1929, houve o crash da Bolsa de Valores de Nova York e bateu desespero, culminando com a Grande Depressão dos anos 30. Aliás, a crise atual é a pior desde 1930 e tende a piorar por causa da guerra na Ucrânia.
Em 1939, começou a Segunda Guerra Mundial, que matou mais de 50 milhões de pessoas. Com o fim da guerra, em 1945, pode-se dizer que melhores dias vieram. A década de 50, com Elvis ditando moda, também foi deslumbrante nas áreas das invenções e das artes em geral.
Os rebeldes anos 60, com Beatles e Bossa Nova, também foram criativos, embora urubu tenha começado a voar de costas no Brasil a partir do perigoso ano de 1964. Sinceramente, vi pouca coisa criativa nas décadas seguintes e, talvez por isso, eu seja um saudosista de carteirinha.

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Casamento: o que Deus uniu a coceira na virilha não separe.

A esperança é a antepenúltima que morre.

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