Estranhou o título da crônica, respeitável público? Pois não estranhe. É este mesmo. O que este adorável e sofisticado cronista quer é tecer algumas considerações, mesmo não sendo tecelão, sobre o clima extremo dos nos tempos assombrosos.
Uma chuva de granizo, com uma ventania maluca, deu o que falar no Paraná. A população ficou impressionada com o tamanho das pedras. Algumas lembravam ovos de avestruz de tão volumosas que eram. Outras assemelhavam-se a ovo de galinha e, claro, também havia as pedras de tamanho "normal".
Sou do tempo em que a chuva de granizo - ou de pedra, como se diz no popular - não assustava tanto como agora. Recordo-me de pedras do tamanho de uma uva. Eram as maiores, se bem me lembro. Mas o tempo passou e o tempo em si sofreu alterações. As mudanças climáticas parecem um flagelo da nossa época.
Se as pedras já estão chegando do tamanho de um ovo de avestruz, é o caso de se perguntar: elas poderão aumentar ainda mais? Quem deve ter a resposta é o cientista Carlos Nobre que manja um bocado de meteorologia. Ele não anda nada otimista, e deixou implícito que estamos num caminho sem volta quando o assunto é o clima extremo.
Melhor por as barbas de molho e, como as mulheres não têm barba, não sei o que elas devem colocar de molho. Pilhéria à parte, é fundamental tomar cuidado quando chove. Não está mole. Agora, com seu tamanho, as pedras quebram facilmente para-brisa de carros. Imaginem alguém ser atingido na cabeça.
Coisas da nossa triste época. Um horror esse clima. Pintou um climão no clima e salve-se que puder. O bom senso recomenda cautela. É melhor ficar de olho no céu. As pedras semelhantes a um ovo de avestruz me deixaram preocupado. Enfim, chegamos a este ponto. Bons tempos aqueles em que granizo normal caía do céu.
DROPS
Dependendo do momento político, chacina muda de nome.
Casamento: o que Deus uniu o advogado não separe.
Cuidado: não vá passear de iate no Mar do Caribe.
As drogas são uma droga.
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