De acordo com Maira Tatiana Viviani, nutricionista do Carim (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico e Transplantados), em Presidente Prudente, a necessidade de acompanhamento nutricional a pacientes renais é relacionar alimentação adequada e individualizada à saúde, oferecendo maior qualidade de vida, tratando problemas associados à função dos rins, evitando a evolução do quadro e possíveis complicações. A mudança de hábitos alimentares é de fundamental importância para proporcionar mais conforto e segurança durante o tratamento.
“Na fase em que inicia os tratamentos substitutivos da função renal, como a hemodiálise, o corpo apresenta necessidades nutricionais e energéticas diferentes [existe perda de vários nutrientes], sendo por isso vital e necessário adotar uma alimentação adequada às necessidades de cada paciente. Sendo assim os cuidados alimentares são considerados parte importante do tratamento”, expõe a nutricionista.
É nesse sentido, conforme ela, que um acompanhamento alimentício individualizado e contínuo pelo nutricionista será sempre a melhor forma de garantir que a ingestão alimentar seja ajustada às necessidades nutricionais e energéticas de cada paciente, evitando restrições desnecessárias e contribuindo para uma maior variedade, melhor estado nutricional e qualidade de vida.
CUIDADOS ALIMENTARES
- Comer a quantidade de energia/calorias e de proteínas (de origem animal - carnes, ovos e laticínios e vegetal – feijão, lentilha, tofu, grão-de-bico e ervilha) para satisfazer as necessidades diárias e compensar as perdas associadas ao tratamento dialítico;
- Controlar a ingestão dos alimentos com maior teor de fósforo (leites e derivados, oleaginosas, ovos, grãos, refrigerantes) e de potássio (banana, figo, goiaba, abacate, açaí, laranja, frutas secas e chocolate), de modo a manter os seus níveis sanguíneos dentro dos valores recomendados e que são mais seguros para cada paciente;
- Controlar o consumo de líquidos e de alimentos com sal (embutidos, enlatados, temperos e molhos prontos ou produtos ultraprocessados), de modo a gerir melhor a sede, a evitar que os ganhos de peso entre as sessões de hemodiálise sejam maiores que 4% do peso seco, reduzindo assim o risco de problemas cardiovasculares.
Fonte: Carim
