Pais questionam reorganização em escolas municipais

Mudança de prédio e não recontratação de ex-funcionários são algumas das reclamações; decreto anunciou fechamento de unidade

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 26/01/2019
Horário 07:34
Jaqueline Oliveira Santos/Cedida - Obras na unidade do Parque Alexandrina foram iniciadas em 2016
Jaqueline Oliveira Santos/Cedida - Obras na unidade do Parque Alexandrina foram iniciadas em 2016

No fim do ano passado, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) anunciou uma reorganização no ensino municipal, com mudanças que atingiriam pelo menos seis instituições de ensino de Presidente Prudente. Entre postergações, confirmações e abertura para negociações, algumas atitudes já foram tomadas também durante o período, mas que têm gerado questionamentos por parte de pais de alunos e funcionários das instituições de ensino. Já em decreto publicado ontem, a Prefeitura anunciou o encerramento das atividades na Escola Municipal Ondina Quirino Barbosa, no Jardim Monte Alto.

No primeiro caso, existe a mudança de prédio da Escola Municipal Professor Firmino de Almeida, no Parque Alexandrina. Atualmente, o local opera somente para o maternal, porém, com a transição, a ideia também era atender a pré-escola, inclusive em tempo integral. Pelo menos essa era a promessa, de acordo com uma das mães que representa um grupo de pais e responsáveis, Jaqueline Oliveira Santos, 30 anos, agente comunitária de saúde, que tem cobrado a pasta para que ocorra a mudança de prédio.

À reportagem, Jaqueline detalha que a promessa de inauguração da nova unidade vem desde 2017, prevista para fevereiro agora, mas novamente foi adiada. As obras, segundo expõe, foram iniciadas em 2016. “Com isso, as crianças que iam sair do maternal para a pré-escola tiveram de ser remanejadas para outras unidades. O problema é que tem mãe que precisava do filho no tempo integral, e por conta dessa mudança, não foi possível. Quem trabalha o dia todo vai fazer o quê?”, completa. Segundo ela, são aproximadamente 15 pais que estão nesta situação referente ao ensino integral.

Na outra ponta, estão ex-funcionários contratados pelo Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), que operavam nas escolas municipais Carla Simone da Silva Alves, localizada no Residencial Monte Carlo; Professora Eliana Tadioto Araújo, no Residencial Cremonezzi; e Sylvia Marlene Pereira Faustino, no Conjunto Habitacional João Domingos Netto.

Como noticiado por este periódico, a gestão que era feita nas três unidades pelo consórcio não foi renovada com a Seduc, resultando na transferência de administração, que passou a ser compartilhada entre a Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes e o município. Na época, a promessa da pasta era de que os funcionários que operavam nas escolas seriam recontratados pela entidade mantenedora.

No entanto, isso não tem sido cumprido. Uma das ex-funcionárias, que preferiu não se identificar, procurou O Imparcial e falou sobre a situação. Segundo ela, parte das pessoas não está sendo readmitida e isso tem gerado “dores de cabeça”, devido ao possível desemprego. “Eles disseram que iam contratar todo mundo até o começo das aulas. Já começa semana que vem, praticamente, e tem gente que ficou de fora”, lamenta.

Sem resposta

Sobre os casos, a reportagem procurou a municipalidade, porém, até o fechamento desta edição, não recebeu respostas sobre ambas as situações. A Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes também foi procurada para falar sobre as recontratações, mas não houve sucesso nos contatos.

SAIBA MAIS

Ainda em cenário de reorganização, em decreto publicado ontem, a Prefeitura anunciou o encerramento das atividades na Escola Municipal Ondina Quirino Barbosa, no Jardim Monte Alto. No documento, fica expresso que a ação condiz com a necessidade de compatibilizar a demanda entre escolas da rede municipal. Os alunos matriculados na instituição mencionada serão remanejados para a Escola Municipal Vilma Gianotti Martinez, no Parque Cedral, ou no local mais próximo.

Publicidade

Veja também