Para moradores, bairro tem sinais de abandono

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 11/03/2018
Horário 20:42
José Reis, Casa abandonada foi, por um período de tempo, alvo de invasores
José Reis, Casa abandonada foi, por um período de tempo, alvo de invasores

As casas de alto padrão e mansões que compõem o cenário da Chácara do Macuco, em Presidente Prudente, parecem não se encaixar naquela localidade. Ultrapassado o limite das calçadas jardinadas e das fachadas sem muros ou portões, o que se constata são as vias esburacadas, o grande número de terrenos baldios em más condições de conservação e até mesmo a abertura de um buraco em decorrência de um processo erosivo. A própria dimensão do loteamento passa a sensação de esquecimento. Nas quatro quadras, estão distribuídas apenas 11 construções. Em um canto do loteamento, uma casa abandonada chegou a ser, por um período de tempo, alvo de invasores.

A doméstica Telma dos Santos Viana, 39 anos, relata que os tais invasores eram pessoas que vinham de fora e aproveitavam a desativação da residência para fazer bagunça. Já o engenheiro civil Igor Magro Hernandes, 23 anos, aponta que a brincadeira terminava sempre que o policiamento era acionado. “Mas desde que colocaram muro na propriedade, a prática deixou de ocorrer”, comenta.

A cozinheira Maria de Lourdes Leite, 57 anos, afirma que, desconsiderados esses episódios, o bairro sempre foi muito seguro e tranquilo. O problema maior se concentra, em sua opinião, na manutenção dos espaços públicos, como no caso do asfaltamento. Segundo ela, as vias estão comprometidas e já até formam poças de água nos dias de chuva. Por esta razão, solicita a execução do recapeamento na localidade, com o objetivo de melhorar a qualidade do asfalto e valorizar a estética das ruas.

É também este o pedido do corretor de imóveis Edson Machado, 69 anos, que acrescenta ainda a necessidade de uma intervenção da Prefeitura em um buraco formado por um processo de erosão no final da Rua Ângelo Sperini. O logradouro é sem saída e, por isso, dispõe de uma rotatória para quem deseja fazer o retorno. Ocorre que ali está o buraco, o qual já se amplia “há anos” e ameaça a segurança de qualquer motorista que passar por ali e não perceber a sua presença. “O buraco está ficando mais fundo a cada vez que chove e há o risco de um carro cair ali”, alerta.

Informada sobre a demanda do recapeamento e por providências no buraco em questão, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informou que a Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) verificará a possibilidade de realizar as melhorias necessárias.

Edson se incomoda ainda com a omissão dos donos de terrenos baldios na localidade. Para ele, os responsáveis poderiam fazer a limpeza e roçada da área com mais frequência. O engenheiro civil Igor completa que há um senhor que é contratado pelos proprietários para cuidar destes terrenos, mas que “sozinho, não dá conta”.

Em nota, a Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) comunica que conta com fiscais responsáveis por esse setor para a fiscalização periódica de terrenos particulares. “No local, os lotes variam de 500 m² (metros quadrados) a 1000 m² e recebem, em média, três notificações por ano para que os proprietários mantenham a conservação e roçagem”, pontua.

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