Paradigmas para a COP26

A principal expectativa para a COP25, realizada em Madri, em dezembro de 2019, após o cancelamento pelo Chile, era a finalização do Livro de Regras do Acordo de Paris. No entanto, as decisões sobre regras de funcionamento de mercados de carbono e sobre a governança do mecanismo de perdas e danos não foram concluídas, levando ao sentimento de descompasso entre a urgência declarada pela ciência, os pedidos da sociedade civil e outros atores políticos por respostas urgentes e a agilidade e disposição de governos em apresentar compromissos mais ambiciosos. As principais decisões foram sobre as seguintes temáticas:

Ambição: Os principais textos de decisão enfatizaram a urgência da ação em 2020, a ser realizada à luz da melhor ciência disponível, nos moldes do IPCC. A linguagem das decisões que direciona os países ao aprimoramento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) é relativamente fraca, mas foi além de uma simples reafirmação do pedido de Paris para atualizá-las ou aprimorá-las.

Compromissos pré-2020: As Partes concordaram em realizar discussões em 2020, com países e atores não-estatais. Solicitaram ao secretariado que forneça até setembro de 2022 um relatório de avaliação da implementação pelos países desenvolvidos de seus compromissos de mitigação, adaptação e financiamento relativos ao período anterior a 2020.

Os principais textos de decisão enfatizaram a urgência da ação em 2020, a ser realizada à luz da melhor ciência disponível

Perdas e danos: Apresentadas como impactos das mudanças climáticas, as decisões finais propõem um processo futuro para avaliação de perdas e danos, que inclui um grupo de trabalho especializado em mobilizar apoio e uma rede de implementação para explorar mecanismos na UNFCCC. Também sugere opções externas que ampliem as possibilidades de financiamento de perdas e danos.

Atores não-estatais: Foi dado mandato para a ação não-estatal e a nomeação de campeões de alto nível para que a ação climática continue até pelo menos 2025.

Oceanos: A decisão determinou que os diálogos a serem realizados no SBSTA 52, em junho de 2020, abordem as conexões entre oceano e clima e terra e clima; e solicitou relatórios informais como preparação para essas discussões.

 

 

 

 

 

Publicidade

Veja também