Parar em vagas exclusivas reflete falta de empatia pelo próximo

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 17/08/2019
Horário 00:12

Empatia é definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro. De sentir na própria pele as dificuldades e mazelas sentidas pelo próximo. No entanto, infelizmente, parece que no trânsito muitas pessoas são tomadas pelo sentimento de “cada um por si”. Basta dar uma volta pelas ruas movimentadas do centro da cidade para confirmar esta triste realidade: vagas exclusivas, destinadas a idosos e pessoas com deficiência, ocupadas por motoristas desrespeitosos.

Como noticiado nesta semana por O Imparcial, em Presidente Prudente, neste ano, até a primeira semana de agosto, já foram computadas 231 autuações por este tipo de infração, uma queda de 11,83% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram 262. Apesar da retração, as multas ainda são comuns. Aos infratores, a sanção é de R$ 293,47 e sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), por ser considerada gravíssima.

Se existem vagas exclusivas para determinados públicos é porque eles necessitam delas. Basta se colocar no lugar de um cadeirante, por exemplo. Os deficientes físicos já sofrem com espaços não planejados para sua condição, por isso, o mínimo é que tenham facilidade para estacionar seus veículos. O mesmo vale para os idosos. Eles têm o direito de parar nas vagas preferenciais, pois a maioria não tem mais o vigor físico de um jovem, que consegue percorrer distâncias maiores a pé, caso precise parar seu carro em locais mais distantes.

As pessoas precisam se conscientizar sobre cidadania. Saber respeitar o próximo, as leis e as regras é o mínimo para se viver em sociedade. Nada mais irritante do que a velha desculpa esfarrapada de que a parada seria “rapidinha” ou que não havia percebido que a vaga era exclusiva. É preciso caminhar no sentido do fazer correto, deixar de lado o “jeitinho brasileiro” que tanto atrapalha nossa convivência pacífica e evolução como seres humanos.

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