Parceria policial com o melhor amigo do homem

Cabo Bressan atua no 8º Baep, que tem o objetivo de intensificar as ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública; batalhão completa 2 anos neste domingo

REGIÃO - WEVERSON NASCIMENTO

Data 11/04/2021
Horário 05:55
Foto: Weverson Nascimento
Amor pelos animais levou o cabo Bressan atuar no Canil
Amor pelos animais levou o cabo Bressan atuar no Canil

No Canil do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), instalado nas dependências do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), em Presidente Prudente, os policiais provam que realmente “o cão é o melhor amigo do homem”. O binômio homem-cão, além de torná-los parceiros, leva segurança para a sociedade.

No caso do cabo PM Cláudio Rogério Bressan, o amor pelo ofício policial veio desde criança quando ele, ainda menino, observava o trabalho feito pela Polícia Militar. O sonho de infância, assim detalhado por ele, se concretizou em agosto de 1991, quando ele prestou concurso e ingressou na carreira policial aqui mesmo na região de Presidente Prudente. A princípio, ele atuou no radiopatrulhamento, mas em outubro de 1997 decidiu realizar o exame de seleção para modalidade de policiamento com cães, hoje conhecida como canil.

A escolha da modalidade se deu, segundo o cabo, por compreender a beleza do trabalho realizado e elo criado entre o policial e o animal. “Decidi acessar ao canil porque é um trabalho muito bonito. No entanto, não é só gostar do animal, você também precisa ter um dom para trabalhar com ele”, explica.  O binômio homem-cão, inclusive, é o que proporciona um trabalho de excelência policial. “Você se une ao cão, ele vira seu parceiro sempre. Então, você o pega desde filhotinho e vai criando ele para atuações como faro de entorpecentes, explosivos, arma, entre ouras atividades que ele pode auxiliar”, acrescenta.

Todo esse amor pela profissão e pelos animais, fez com que o Cabo PM Bressan tatuasse em seu corpo o fiel escudeiro Kyller, um rottweiler de grande vitalidade que foi aposentado aos 9 anos. “Ele era um cão muito dócil com as pessoas, mas quem o via em uma revista de presídio ou ação de choque não diz se tratar do mesmo animal. Ele se colocava em proteção e guarda até segunda ordem”, relembra. Após o período de trabalho do exímio animal ele foi adotado, pois na ocasião o cabo morava em apartamento, mas a relação de afeto continuou através de visitas.

Outra dupla de cães também se tornou parceira de Bressan, que passou atuar no 8º Baep desde a sua instauração. Assim como o Kyller, Czar e Ricco, de 6 e 5 anos respectivamente, são altamente treinados para diversos tipos as atuações do Batalhão de Ações Especiais de Polícia. “Em todo lugar que o Baep atua, o canil também está apto para desempenhar suas funções, seja em ações de choque, policiamento para combate do tráfico de drogas, entre outras. O cão e mais uma ‘arma’ para o policial militar, principalmente em ações que ele não consegue fazer”.

O amor pelo ofício militar e pelos animais, fez com que o cabo continuasse desempenhando suas funções mesmo podendo se aposentar a 6 anos. “Permaneço na polícia por amor. Quando você faz algo que você gosta, você não trabalha mais, você se realiza”.

SAIBA MAIS
Desde que foi instaurado em 11 de abril de 2019, o Batalhão de Ações Especiais de Polícia, sediado na circunscrição do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), em Presidente Prudente, tem o objetivo de intensificar as ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, por meio de ações especiais, garantindo a permanente capacidade técnica e operacional da Polícia Militar para atuar em situações em que a complexidade, criticidade e graus de riscos apurados extrapolem os meios ordinários dos batalhões territoriais. As unidades especializadas foram criadas para combater o crime de maneira mais ostensiva em todo o Estado de São Paulo, já que as equipes atuam de forma semelhante aos padrões do policiamento de choque. Entre os conteúdos passados aos policiais está o patrulhamento tático, gerenciamento de crises e negociações com reféns, busca e localização de artefato explosivo, conduta de patrulha em locais de risco, controle de multidões, policiamento em eventos e praças desportivas.

 

 

 

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