Parceria viabiliza estudo inédito sobre plantio de eucalipto

“A importância de manter o espaçamento correto das plantas se dá em razão do momento de irrigação, pois quando as árvores estão concentradas muito próximas,o desenvolvimento é prejudicado, pois elas não recebem a hidratação necessária", detalha.

REGIÃO - Arize Juliani

Data 28/08/2014
Horário 07:56
 

Pela primeira vez na região de Presidente Prudente é realizado um estudo sobre o plantio de eucalipto. Trata-se de uma parceria entre a Etec (Escola Técnica Estadual) Prof. Dr. Antônio Eufrásio de Toledo, Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O objetivo central do projeto, conforme o engenheiro florestal da Etec, Renato de Araújo Ferreira, é orientar os agricultores no manejo da planta, desde adubação até a medida exata entre a plantação de uma muda e outra. O projeto está em fase inicial, com as primeiras avaliações.

Jornal O Imparcial Iniciativa pretende orientar produtores de eucalipto na região

O engenheiro explica que cada região possui um clima típico e o de Prudente é conhecido pelo ar seco, o que atrapalha no desenvolvimento das plantas. Para isso, conta que há três meses estão desenvolvendo este projeto, acompanhando e analisando diariamente o desempenho da espécie. Os alunos do curso Técnico em Florestas testam diferentes espaçamentos, bem como, formas de adubação para a melhor evolução da planta na região, de acordo com o clima.

"A importância de manter o espaçamento correto das plantas se dá em razão do momento de irrigação, pois quando as árvores estão concentradas muito próximas,o desenvolvimento é prejudicado, pois elas não recebem a hidratação necessária", detalha.

Ferreira pontua que o projeto beneficiará os agricultores da região, visto que depois do resultado final, poderão realizar a plantação do eucalipto de forma adequada.  "Muitas vezes o agricultor tem o clone, tem a terra produtiva, mas a planta não se desenvolve. É preciso ter um modelo correto para orientar os produtores nesse sentido, para que não corram o risco de perder a planta", acrescenta.

O engenheiro acredita que o projeto pode durar cerca de sete anos, pois é o período que ocorre o sistema de corte do eucalipto.

"Estamos procurando fomentar várias outras funções através desta atividade que serve de laboratório ao ar livre para os alunos do curso. Neste contexto, eles estão conseguindo desenvolver diversos projetos experimentais em programas científicos", salienta.

 
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