A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo está chegando ao fim. Pecuaristas têm até 31 de maio para vacinar bovinos e bubalinos de até 24 meses. A campanha é realizada pela CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária) e deve imunizar 785.470 cabeças de gado nos três EDAs (Escritórios de Defesa Agropecuária) da região de Presidente Prudente. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento estadual, este número compõe uma soma de 4,5 milhões de cabeças existentes no território paulista.

Pecuaristas que ainda não imunizaram rebanho devem adquirir doses em casas agropecuárias

O EDA de Prudente pretende imunizar 311.842 cabeças de bovinos e 405 bubalinos, equivalente a 312.247 animais, sendo a segunda maior demanda da região, atrás apenas do EDA de Presidente Venceslau, responsável por 328.628 cabeças, sendo 328.469 bovinos e 159 bubalinos. Segundo o diretor da CDA de Prudente, Abílio Montes, 60 anos, ainda não pode ser feito um balanço da vacinação, contudo, a expectativa é que a meta seja atingida. "Estamos com a mesma evolução do ano passado, o que acontece é que muitos produtores deixam para vacinar seus animais no fim da campanha. A novidade é que, no Estado, dois terços já foram declarados pelos pecuaristas", informa.

Em Dracena, responsável por 16 municípios, o EDA responde por 144.595 bovídeos, representando 144.321 bovinos e 274 bubalinos. O médico veterinário Marcelo Kenji Yoshida, 36 anos, afirma que o escritório também não pode expressar em números a quantidade de vacinações até o momento, mas que espera alcance total. "É muito importante que os produtores procurem estabelecimentos de produtos agropecuários e adquiram a vacina, pois a imunização evita que ocorra o surto da aftosa. Além disso, dá oportunidade ao proprietário de fazer o manejo dos seus animais e ver se está tudo em ordem com eles", alerta o profissional.

 

Procedimento

O pecuarista que não imunizou seu rebanho deve procurar lojas especializadas para adquirir as vacinas e declarar até 7 de junho o ato pela internet, no site da Defesa Agropecuária, ou nos postos de atendimento do órgão. No momento da comprovação, é preciso que o criador declare todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, como equinos, suínos, javalis, javaporcos, ovinos, caprinos e aves. O produtor que não fizer a vacinação recebe uma penalidade de R$ 117,75 por cabeça, enquanto aquele que não realizar a comprovação precisa arcar com uma multa de R$ 70,65 por cabeça.

 

Mercado

Em Prudente, a Raça Forte é uma das opções para os pecuaristas que desejam adquirir a vacina. Na loja, a dose da vacina custa R$ 1,15. Conforme o proprietário Leandro Bezerra de Menezes, 62 anos, ainda não é possível estimar o número de vendas, entretanto, a procura é grande. "Quem ainda não vacinou seus animais pode ficar tranquilo, pois o mercado está bem abastecido", garante. Ele explica que a vacinação é fundamental para a manutenção da saúde do gado. "Eu não sei se existe uma expressão acima de suma importância para definir como a imunização contra a aftosa é essencial. Se o produtor agropecuário não vacinar seus animais, o risco de contágio aumenta e a possibilidade de infectar toda uma região é grande", argumenta.