É fácil encontrar moradores das proximidades do cruzamento entre a Avenida Ana Jacinta e a Rua Luiz Pereira Neto, em Presidente Prudente, que se queixem de medo ao atravessar a avenida, ainda que haja, no local, a faixa de pedestres. O medo é justificável, já que os atropelamentos são comuns na altura do número 970 da via, segundo a vizinhança, devido a alta velocidade que os motoristas passam pelo trecho e a falta de conscientização dos mesmos com a faixa de travessia.
O auxiliar geral Jovelino Borges de Carvalho, de 49 anos, conta o episódio em que a vítima foi sua esposa, Sônia Maria de Souza, de 49 anos. Ela foi atingida por um veiculo quando fazia a travessia para realizar compras em um mercado da região. Por sorte, Sônia teve ferimentos leves, ainda assim, seu marido diz se preocupar com outros possíveis acidentes. “Naquele momento foi ela, uma pessoa de quase 50 anos. Pode ser uma criança, pode ser qualquer um”, enfatiza Jovelino.
Em busca de uma solução para esta situação, o aposentado Benvindo Marques de Oliveira, de 69 anos, decidiu organizar um abaixo-assinado pedindo às autoridades competentes que agissem de modo a diminuir os riscos para os pedestres no local. Sugeriu, inclusive, a instalação de uma faixa elevada e melhorias na sinalização. “Enviei há quase dois meses para a Prefeitura, mas até agora não deram nenhuma satisfação. Não deram o mínimo de atenção”, afirma.
A quantidade de munícipes insatisfeitos com o transito no cruzamento é grande. Só o abaixo-assinado soma 144 assinaturas. A pensionista Elza Aparecida de Jesus, de 64 anos, e o pedreiro Jonas Borges Carvalho, de 56 anos, deixam claro a falta de respeito e o temor que enfrentam ao disputar espaço com os carros e motos, uma disputa injusta, tendo em vista que atropelamentos no cruzamento são frequentes, de acordo com moradores. Essa é a mesma preocupação da aposentada Ivanilda Tereza Moura Jordão de 57 anos. “Eu tenho uma deficiência na perna e é difícil para eu atravessar aqui. Eles não respeitam, eles não param”, exclama a aposentada.
Solução
A reportagem entrou em contato com o titular da Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública), Adauto Lucio Cardoso, que afirmou ser impossível a instalação da faixa elevada no local, por conta de resoluções das leis de trânsito. Mas ele disse que iniciará, junto aos engenheiros da pasta, estudos para implantação de um semáforo, levando em conta o fluxo de pessoas e veículos no local. Adauto ainda deixou claro que o abaixo-assinado não chegou até suas mãos e concluiu dizendo que assim que estiver com ele, dará devolutiva aos moradores do bairro e organizadores do documento.