Desde a remoção ao Sistema Penitenciário Federal, o líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, está na unidade em Brasília (DF). Os demais, em penitenciárias de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Mesmo com o forte esquema de segurança, o plano para resgatar o cabeça do grupo continua em pé, segundo afirmado pelo promotor de Justiça, Lincoln Gakiya. Diante da ameaça, o presídio onde se encontra está cercado por tropas do Exército e blindados para impedir a possibilidade de fuga e resgate.
Em nota encaminhada a O Imparcial, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) explica que, para garantir a custódia, guarda e segurança dos presos “de alta periculosidade”, promove uma série de ações como: inteligência, reforço das estruturas e do efetivo, apoio das forças armadas, entre outras, “procedimentos, estes, inerentes a um sistema que se propõe a combater as maiores facções criminosas do país”. Conforme o órgão, nas cinco penitenciárias federais instaladas, não há histórico de registro de fugas, rebeliões ou entrada de materiais ilícitos.
Tendo em vista a desarticulação do crime, em agosto de 2017 foi instituída a Portaria 718 do Ministério da Justiça, que proíbe visitas íntimas aos presos, salvo para réus colaboradores e réus delatores. Já em fevereiro de 2019, entrou em vigor a Portaria 157, que disciplina o procedimento de visita social aos presos nos estabelecimentos penais federais de segurança máxima. A medida determinou que as visitas sociais nos estabelecimentos penais federais sejam restritas ao parlatório (através do vidro) e por videoconferência, sendo destinadas exclusivamente “à manutenção dos laços familiares e sociais”.
SAIBA MAIS
Nas unidades federais, em todas as movimentações, como saída para banho de sol e atendimentos de saúde, o preso fica algemado. Todas as vezes que ele deixa o seu dormitório, é realizado procedimento de revista no preso e na cela. Dentro dela não há tomadas elétricas, a energia e o chuveiro ligam em hora determinada. A comida é servida seis vezes ao dia e é balanceada de acordo com as necessidades nutricionais dos presos. Toda a comida é entregue individualmente por cela. Os presos não têm acesso a TV, rádio ou qualquer comunicação externa.