A Polícia Civil convocará para depoimento as testemunhas envolvidas no atendimento de Alda Maria dos Santos, 72, que faleceu após suposta negligência no serviço emergencial e médico, conforme registrado em um boletim de ocorrência por seu filho, Amauri Santos Oliveira.
O delegado Luís Carlos de Oliveira, que abriu inquérito para investigar a morte da vítima, explica que já enviou ofício ao Same (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência) e ao Corpo de Bombeiros para obter os nomes dos plantonistas presentes no dia da solicitação do serviço, em 20 de junho, para convocação futura. Ainda segundo ele, as fichas clínicas da vítima foram solicitadas para a verificação de uma possível negligência médica pela perícia.
O caso já foi encaminhado à Promotoria Criminal. Conforme Amauri Oliveira, seu depoimento já foi colhido pela polícia e a quebra do sigilo telefônico de seu aparelho móvel e fixo já foi liberada. "Ofereci isso documentado e registrado em cartório ao delegado para que ele não precise pedir ao juiz, o que demoraria mais", explica.
No boletim de ocorrência, Oliveira afirma que no dia 20 de junho sua mãe sentiu falta de ar, dores precordiais e vômitos. Ele chamou o resgate pelo número 193, por volta das 13h, narrou os fatos e contou o histórico cardiopata da paciente, fato que supostamente foi ignorado pelos atendentes, que não consideraram o caso como grave. Oliveira então teria ligado ao Same, que o encaminhou ao 193 novamente.
Os dois serviços foram até a casa da vítima, que foi encaminhada pelo Same ao HR (Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Ceravolo) de Presidente Prudente, onde Amauri Oliveira afirma que houve negligência médica. O HR informou, por meio de nota, que até a tarde de ontem não havia sido notificado oficialmente junto aos órgãos de esfera judicial, acrescentando que está averiguando o caso.
