A Polícia Civil de Presidente Prudente realiza nesta terça-feira a Operação Falsus, contra uma organização criminosa que já causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão a empresas paulistas, agindo através de falsas contratações de frete para subtração de cargas de trigo, farinha e soja em grãos. Dez mandados de busca e apreensão e sete de prisões temporárias estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo, Paraná e Pará. O balanço da ação será divulgado assim que a mesma for encerrada.
Com 40 policiais civis em dez viaturas do Deinter-8, as ordens judiciais estão sendo atendidas no território paulista em Prudente, Assis e Ourinhos. Já no Paraná, outros dez agentes cumprem mandados nos municípios de Londrina, Telemaco Borba e Rolândia. Por fim, na capital paraense, Belém, seis oficiais estão em atuação em apoio à operação.
“Trata-se de investigação policial onde se apura a existência de um grupo criminoso criado com o fito de subtrair cargas de alto valor, mediante falsas contratações de frete e posteriores falsificações de boletins de ocorrência. No dia 10 de junho de 2023, no município de Iepê, a Polícia Civil identificou dois motoristas que se apresentaram em uma empresa local, onde carregaram os seus caminhões com 38 toneladas de soja em grão cada um, tal qual acertado previamente com transportadora. Todavia, a carga não aportou no destino final que seria Osvaldo Cruz”, relata o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior).
Pontua que, além deste desvio, a quadrilha praticou, em diversos municípios paulista, no mínimo, mais nove subtração de grãos. “A investigação apontou para a existência de uma organização criminosa voltada a prática dessas ações, mediante falsas contratações de frete, com carregamento na origem por, pelo menos, cinco motoristas, utilizando veículos de outros três investigados, sendo que essas pessoas eram as responsáveis pelos falsos fretes”, frisa o órgão.
Conforme o Deinter-8, práticas do grupo foram identificadas em Iepê, Nantes, Assis, Cruzália, Araras, Candido Mota e Santo André, “além de desvios em outros estados”. “Apurou-se também que a organização criminosa causou prejuízo superior a R$ 1 milhão aos cofres das empresas paulistas, uma vez que cada carga era avaliada, em média, em R$ 120 mil”, expõe.
