A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira, em Campinas (SP), a Operação Iconoclastas, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa especializada em aplicar golpes contra igrejas em diversas localidades do Estado de São Paulo. A investigação foi iniciada em Pirapozinho, após a Paróquia São João Batista ter sido vítima de um esquema de estelionato.
De acordo com a Polícia Civil, o golpe arquitetado pelos membros desse grupo criminoso consistia em oferecer serviços de restauração de objetos sacros metálicos aos representantes das paróquias. No entanto, em vez de restaurar as peças, os criminosos as danificavam intencionalmente e, posteriormente, cobravam valores indevidos e abusivos. A Paróquia São João Batista, em Pirapozinho, foi a primeira a sofrer o prejuízo causado por essa artimanha. A corporação indica que o prejuízo não ficou restrito à paróquia de Pirapozinho. Outras instituições religiosas na região e no Estado de São Paulo também foram vítimas do mesmo golpe.
Segundo as autoridades, o grupo demonstrou um desrespeito flagrante pelas tradições e crenças estabelecidas, bem como pelo patrimônio religioso, ao destruir imagens e objetos sagrados para a tradição católica. A operação, desencadeada nesta quarta, foi conduzida pela Delegacia de Polícia de Pirapozinho em conjunto com a Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Campinas. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Campinas, resultando na apreensão de 101 máquinas de cartão de crédito, 31 cartões credito, computadores, quatro celulares, passaportes e documentos diversos.
O delegado de polícia responsável pelas investigações, Rafael Guerreiro Galvão, relatou que, com a Operação Iconoclasta, buscou-se angariar provas da prática e da dinâmica criminosa do grupo, além de possibilitar o ressarcimento pecuniário das paróquias lesadas pelos golpistas.
