Polícia Civil investiga associação criminosa que comercializa CNHs falsas no oeste paulista

Operação deflagrada nesta quarta-feira cumpriu nove mandados de buscas domiciliares nas cidades de Presidente Prudente, Bataguassu (MS) e Recife (PE)

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 29/05/2024
Horário 11:40
Foto: Deinter-8
Ação contou com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco
Ação contou com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco

Uma investigação da Polícia Civil que apura a atuação de quatro pessoas na falsificação de CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) no oeste paulista resultou nesta quarta-feira em uma operação para cumprimento de nove mandados de buscas domiciliares nas cidades de Presidente Prudente, Bataguassu (MS) e Recife (PE). Segundo o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), os documentos eram vendidos aos interessados pelo valor de R$ 2,5 mil, os quais também responderão criminalmente. A investigação segue em andamento e os integrantes do grupo criminoso responderão pelos crimes de associação criminosa, falsa identidade e falsificação de documento público, explica o coordenador da operação e que preside o inquérito policial, delegado da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Ramon Euclides Guarnieri Pedrão.
“As pessoas que adquiriram as carteiras também responderão criminalmente, posto como partícipes desses crimes. As buscas encetadas na data de hoje [quarta-feira] resultaram na apreensão de documentos falsos, os quais ainda estavam em posse do grupo criminoso” relata o departamento. “Além disso, o conteúdo dos aparelhos celulares apreendidos, já analisados preliminarmente pela investigação, demonstrou que o grupo seguia em atuação e que contava com outras pessoas que também atuavam nesse ramo, promovendo as falsificações de CNHs”, frisa.
Destaca o Deinter-8 que os falsários levavam os compradores a acreditar que os documentos eram emitidos pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), através de irregularidades internas. “Mas, na verdade, eram falsificados integralmente pelos criminosos, sem a participação de qualquer funcionário público. Essa falsa ideia de que o documento era emitido pelo órgão competente conferia maior segurança aos adquirentes dos documentos falsos que acreditavam que dificilmente seriam descobertos”, expõe. “O líder do grupo criminoso, antigo morador da região, que já conta com passagens policiais pela prática de crimes semelhantes, atualmente estava operando da cidade de Recife”, complementa o órgão, que lembra que a operação contou com apoio de equipes da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco, que realizaram diligências para o cumprimento dos mandados. Em Recife, o alvo principal da investigação, foi localizado e ouvido.

Foto: Deinter-8
Delegado da 1ª DIG, Ramon Euclides: investigação segue em andamento

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