Uma situação triste constatada em muitas cidades está ocorrendo em Álvares Machado. Diversos animais estão aparecendo envenenados, principalmente gatos, desde o início do ano. Andreia Emi Kato, 41 anos, gerente de vendas, que reside no Jardim Nossa Senhora da Penha, conta que perdeu dois animaizinhos e está desesperada, pois não sabe a quem recorrer para resolver o problema para que outros bichinhos não sofram. Ela diz que já chegou a fazer um boletim de ocorrência online.
Contudo, procurada, a Vigilância Sanitária do município disse que esta é a orientação que passa nesses casos se for contatada: que procure a polícia para fazer um boletim de ocorrência. A reportagem entrou em contato com o delegado Írio Miola Júnior que de pronto salientou que está correto o procedimento. Que o caminho é exatamente este. A pessoa deve fazer o registro para que investiguem para ver se encontram o autor.
“A maioria dos crimes não se sabe, a princípio, quem é o autor. O procedimento é este mesmo. Faz-se o registro e vai-se investigar. O que pode acontecer, obviamente como em muitos crimes, é não chegar à autoria. Isso é possível. Acontece vez ou outra. Aqui em nossa região ‘entre aspas’ faz-se muito mais registros ‘não criminais’ porque quando é crime a gente já faz mesmo”, expõe o delegado.
Além de Andreia, a professora Patrícia Asari, 49 anos, desde o começo do ano para cá, teve em torno de dez gatos mortos em seu quintal. Sem saber o que fazer, resolveu produzir cartazes alertando sobre a lei que diz que envenenar animais é crime e espalhou pela vizinhança na tentativa de coibir a matança.
Morador do centro da cidade, próximo à Paróquia São José, o servidor público federal, Cláudio Marcelo Canducci Molina, 47 anos, relata que estão numa tristeza só em sua casa. Isso porque um dos sete gatos, entre cinco dele e dois da sogra, está desaparecido, o Zico, que é o xodó da filha Gabriela. (Até o fechamento desta matéria, o gato ainda estava desaparecido).
Eles estão até com uma mobilização no Facebook para encontrar o Zico porque estão todos muito tristes com o sumiço do gatinho.
“É ele quem acorda minha filha para a escola todos os dias. Tá difícil. E ai a gente já fica desesperado. Um tempo atrás tinha um gato de rua que costumava vir comer aqui na minha calçada [porque eu costumo por ração do lado de fora] ele apareceu agonizando no meu telhado. Espero que a gente encontre o Zico!”, tem esperança o pai de Gabriela.