Pós-feriado, mas o mundo lá fora é o SXSW 2025

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 22/04/2025
Horário 04:30

Pós-feriado prolongado creio que cada um teve a possibilidade de ter feito o que melhor lhe foi concebido. Se a maioria pode estar junto à família, amigos ou mesmo sozinho, o que vale é a intenção de valorizar o quanto tudo foi verdadeiro, do momento que a presença teve um sentido. E eu, aqui com os meus botões, seguindo um ritual normal, lendo e relendo, revisando um evento bem diferente, que ocorreu do outro lado do mundo, e que acredito que quem foi valeu só pela presença. 
No mês de março, para ser mais exato dos dias 7 a 15 de 2025, a cidade de Austin, no Texas, foi o grande palco de mais uma edição do SXSW South by Southwest. Em português, significa Sul por Sudoeste. O nome foi inspirado no filme “North by Northwest”, de Alfred Hitchcock, e tem como objetivo mostrar que há uma preocupação em conectar a cultura do Texas ao mundo, principal evento de inovação do mundo. 
Diversas personalidades de renome já pisaram no festival, como a futurista Amy Webb, a professora de Harvard, Angela Jackson e o CEO da IBM, Arvind Krishna. Um dos eventos mais influentes do mundo quando se trata de tendências, inovação, educação e cultura. Quem pode estar presente vivenciou e constatou o quanto o mundo está cada vez mais carente e precisando de um entendimento maior entre a humanidade.  
A intensidade dos fatos sempre vem como uma avalanche, principalmente em momentos atuais. Já algum tempo que as coisas estão acontecendo e mesmo pelo momento que estamos vivenciando, dois temas principais estavam presentes na edição deste ano: pertencimento humano e conexão. 
De acordo com o SXSW, as sessões debateram desde a linha fina entre como a IA e a tecnologia podem aproximar as pessoas ou afastá-las, até mergulhar em novos mercados e oportunidades, garantindo a ideia central do festival que é discutir o futuro. Esses dois temas atravessaram não só as grandes talks do evento, mas também as conversas nos corredores, os cafés compartilhados e os silêncios cúmplices diante de tantas perguntas sem respostas.
O impacto é gigante numa sociedade que busca a cada dia o novo, e a IA está moldando o presente com uma velocidade que desafia nossa capacidade de processar. Ferramentas que automatizam tarefas criam conteúdos, tomam decisões e até fazem arte. O fascínio é inevitável.
O SXSW, com toda sua grandiosidade tecnológica, também foi um espelho. E o que esse espelho mostrou é que estamos fascinados, sim, mas também inseguros. Porque toda vez que nos aproximamos demais do que é técnico, somos desafiados a lembrar do que é humano. Nunca se falou tanto sobre burnout, solidão, ansiedade, esgotamento emocional. Conteúdos demais, numa busca insana de querer entender até onde o homem pretende chegar!
 

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