Se no apanhado geral, o EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Presidente Prudente figura na quarta posição do contexto estadual, no quesito carne bovina, a região ocupa o primeiro lugar no ranking da estimativa do VPA (Valor da Produção Agrícola). De acordo com o estudo divulgado pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola), o rendimento do setor na região durante o ano de 2015 foi de R$ 759 milhões, o que equivale a 30,2% do montante regional. A segunda colocação ficou com a EDR de Presidente Venceslau, que contabilizou R$ 643 milhões, e o sétimo lugar ficou com Dracena, que acumulou um lucro de R$ 303 milhões.
Região ocupa 1º lugar na estimativa do Valor da Produção Agrícola da carne bovina
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carne do Oeste Paulista, Jesuíno Paiva Cavalcante, o cenário de abundância no mercado de carnes da região já era esperado, principalmente em virtude do recente histórico de bons resultados. "Desde 2013, os números da região vêm se destacando em âmbito estadual. Por isso, a região está hoje entre as melhores no setor de gado, não apenas na questão do abate, mas também no manejo, nos cuidados, no tratamento, na engorda e nos incentivos relacionados à saúde dos animais", comenta.
A carne bovina ocupa a primeira colocação em cinco EDRs e está entre os cinco produtos de maior VPA em 38 dos 40 EDRs do Estado. Além de Prudente, Venceslau e Dracena, estão no ranking dos dez maiores produtores: General Salgado, Andradina, Marília, Jales, Lins, São José do Rio Preto e Araçatuba. Para o órgão, os números deixam claro a "maior concentração da atividade na região noroeste do Estado", apesar da presença dos três EDRs da região.
Evolução
Com um consumo médio de 335 cabeças diárias em 2015, entre abatidas e comercializadas, a região de Prudente vem se destacando como "um dos maiores fornecedores para os grandes centros", conforme Jesuíno Paiva. Esta evolução, ainda segundo o presidente, vem cooperando para que "a carne produzida na região supere, inclusive, a de regiões tradicionais, como o Mato Grosso".
Tanta evolução, para o representante do sindicato, se deve aos investimentos realizados pelos pecuaristas, mas não deve resultar em grandes evoluções para os próximos anos. "Não temos um prognóstico para o futuro, sobretudo em virtude da crise no país. Apesar de considerar que o crescimento deva se manter nesta perspectiva, tudo vai depender de como a economia vai reagir ao longo do ano", afirma o presidente.
