PP terá laboratório pioneiro na análise de resíduos de agrotóxicos

FCT/Unesp recebeu ontem escritura do prédio do Núcleo Morumbi e deve, “o mais rápido”, implantar unidade para estudo de pesticidas

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 24/07/2018
Horário 04:01
AI da FCT/Unesp - Projeto de reformas e melhorias do prédio da Unesp já foi realizado pela unidade
AI da FCT/Unesp - Projeto de reformas e melhorias do prédio da Unesp já foi realizado pela unidade

Ocorreu ontem, em Presidente Prudente, a formalização de transferência do prédio onde funcionam as atividades da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), no Núcleo Morumbi, para a própria universidade, já que o espaço pertencia à Fazenda do Estado de São Paulo. Com o ato, o diretor do campus, Rogério Eduardo Garcia, afirma que poderá, assim, realizar obras de melhorias e expansão, bem como implantar um laboratório de pesticidas, pioneiro em todo o país e que realizará atividades de estudos no que diz respeito aos agrotóxicos. A Prefeitura informa que também deve receber a escritura da outra parte do terreno, que também abriga hoje a Seduc (Secretaria Municipal de Educação).

O espaço fica localizado na Rua Doutor Cyro Bueno e até então era dividido em dois, sendo parte dele destinado para os serviços da Seduc e a outra parte aos laboratórios de química e física da FCT/Unesp, bem como o cursinho pré-vestibular da unidade de ensino, mesmo sendo de propriedade do Estado. Ontem, em um ato no 1º Cartório de Notas Nelson Marquese, o Estado oficializou a doação do espaço para a universidade. “A escritura será fundamental, visto que poderemos realizar reformas e melhorias no prédio, o que não tínhamos autorização para fazer, por não ser nosso. Desta forma, o espaço foi desmembrado em dois”, ressalta Rogério.

Laboratório

Questionado sobre as melhorias, o diretor lembra que realizar a reforma e também ampliação do local servirá para que seja implantado um laboratório de análise físico-química, o laboratório de pesticidas, que analisará alimentos, solo e água, por exemplo, para estudar a presença e contaminação dos produtos por agrotóxicos. “Esse era o ato que aguardávamos para dar andamento ao projeto, agora precisamos de uma licitação para dar continuidade, bem como trabalhar que isso ocorra da maneira mais rápida possível”, informa. O vice-diretor da Unesp, Aldo Eloizo Job, lembra que o orçamento estimado para o projeto é de cerca de R$ 9 milhões.

Desta forma, os representantes lembram que o laboratório será o primeiro do país nestes moldes que aliam o trabalho da universidade com a prestação de serviços, tanto para a comunidade quanto para órgãos do governo e MPE (Ministério Público Estadual) neste estudo de pesticidas. “Estamos em uma região de cultivo da cana-de-açúcar, por exemplo, e sabemos que temos no oeste paulista o uso de agrotóxicos, então, será um trabalho que beneficiará a região, mas também demandas de todo o país. O MPE, por exemplo, poderá usar esse serviço, com a emissão de laudos, para tomar algumas decisões”, salienta.

Conforme a Prefeitura, a exemplo da parte que agora pertence à Unesp, a administração também deve ser beneficiada com a escritura da área que é ocupada pela Seduc.

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