Crossfit. É difícil alguém que seja ligado em exercícios que nunca tenha ouvido falar dessa modalidade de condicionamento físico. Porém, não é apenas o corpo que merece uma ginástica especial, mas a mente também, ao menos é o que acredita a Toledo Prudente Centro Universitário. A instituição ofereceu das 8h às 11h de ontem o evento “Crossfit do Cérebro”. Gratuito e voltado para estudantes do ensino médio, de graduação, pesquisadores e vestibulandos, a ideia faz parte do 14º Etic (Encontro Toledo de Iniciação Científica). Dividida em dinâmicas práticas e palestra, a iniciativa visa ensinar técnicas de desenvolvimento cerebral que, de alguma forma, facilitem o desempenho em âmbito acadêmico. Para isso, estabelece parceria com o LAP (Laboratório de Apoio Pedagógico em Inovação Acadêmica da Toledo Prudente) e o Supera, empresa especialista em ginástica cerebral.
Segundo Neuza Gibim, psicopedagoga da instituição e palestrante do evento, a motivação para abordar o tema partiu do pressuposto de que hoje em dia muito se fala em inteligência. Porém, conforme explica, pouco se compreende o que significa ser inteligente. “A proposta é instrumentalizar os alunos para que desenvolvam as competências necessárias de um pesquisador, de um estudante, ajudar a conseguir mais concentração, foco, planejamento, queremos que percebam que podem mais, que são capazes de executar, pois quanto mais desenvolverem habilidades, mais chances de fazer um bom trabalho”, acrescenta.
Por isso, a palestrante explica que a atividade é uma mescla de prática e teoria. O primeiro momento com as atividades e o segundo com a palestra que fundamenta o que já foi vivenciado e ensina o que é cada uma das habilidades que foram exercitadas. De acordo com Neuza, esses estímulos aos sensos cognitivos ajudam a concretizar aprendizagens e aumentar a assimilação.
Mente exercitada
O educador do Supera, Bruno Saia, foi o responsável por ministrar as atividades no evento. Ele denota que trazer essa prática para o público jovem e, principalmente, universitário, possibilita que os participantes tenham habilidades que não são fornecidas em sala de aula. “As escolas, de uma forma geral, passam o conteúdo, mas não desenvolvem aspectos necessários para que o aluno saiba absorver corretamente o que foi passado. Essa é nossa ideia, auxiliar nesse processo de assimilação”, explana.
Entre as dinâmicas realizadas, Bruno destaca a “1, 2 e 3” como mais divertida. “Eles se separam em duplas e têm que dar continuidade ao número que o colega falou, é preciso muita atenção para falar em ordem”, explica. Já sobre os benefícios, o educador pontua o aumento do raciocínio lógico, agilidade em atividades que envolvam o uso do cérebro, flexibilidade e potencialização da memória.
O Supera está há quatro anos no território prudentino e participa pela primeira vez em um evento acadêmico como esse. Para Bruno, a experiência que proporcionada aos estudantes foi única e pode ser definida em apenas uma palavra: interação. “O mais importante é destacar a união da prática com a teoria, mostrar de que forma aquilo que vivenciaram vai ajudá-los”, frisa.
Conteúdo absorvido
Letícia Rodrigues Barbosa, 18 anos, estuda na Toledo e não conhecia a ginástica cerebral. Conforme ela, nunca tinha participado de nada parecido, por isso, irá levar as dinâmicas para a vida “principalmente para amenizar o nervosismo na hora de apresentar trabalhos”. “Ajuda muito a manter o foco”, ressalta. Já a estudante de Direito, Sara Rojas, 18 anos, já conhecia a dinâmica e vê as atividades como fundamentais para aqueles que estão no começo de uma faculdade ou que sentem dificuldade em apresentar trabalhos em público. A jovem irá participar do Etic com um projeto de iniciação cientifica e já vai pegar os aprendizado e aplicá-los. “O desenvolvimento desse lado do cérebro ajuda muito a ter concentração e foco, para mim, que vou apresentar amanhã [hoje], vai ser muito útil”, acentua.
EXERCÍCIOS DE GINÁSTICA CEREBRAL
Fonte: Supera