Precisamos falar de passeios e brinquedos perigosos

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor do Gripen e contra a gripe

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 29/06/2023
Horário 05:30

A tragédia do submarino Titan, com a morte dos cinco passageiros, viagens em naves espaciais e certos brinquedos de parques de diversões nos leva a refletir sobre o que se convencionou chamar de turismo de risco. Ou coisa parecida. Como informou a Marinha dos EUA, o Titan implodiu. Ficou em pedaços, para ser mais exato. Foi localizado a apenas 500 metros do icônico navio Titanic, no fundo do Oceano Atlântico, a 3,8 mil metros de profundidade.
Cada passageiro pagou - ou pagaria depois - o equivalente a R$ 1,2 mi só para ver o Titanic de perto. A viagem terminou do jeito que todos já sabem. Por que embarcaram nessa canoa furada? Vai ver é porque muita gente gosta de fortes emoções ou de viver perigosamente. Os passageiros teriam sido ingênuos? Quem é que sabe?
Mas O Espadachim sabe que viagem espacial também oferece risco de morte. Risco grande. E tem milionário - ou bilionário - que paga uma fortuna para ver a Terra lá de cima a bordo de uma nave do pirata espacial Elon Musk. Tô fora. Não viajo numa nave dessas nem que me paguem uma fortuna em dólares. Também não entraria em submarino tipo cápsula, como o Titan.  Bom lembrar uma frase do Paulo Francis: "O mar não é lugar para humanos".
E os alpinistas que já morreram tentando escalar montanhas altas como o monte Everest? Aventura arriscada. Pode ser trágica. Joel Silveira, um dos maiores repórteres do Brasil, dizia que belezas naturais, situadas em locais inóspitos, devem ser apreciadas de longe, de preferência da janela do avião. Por que se arriscar se pode curtir à distância dentro de um avião?
E a tirolesa? Outro dia um menino de 6 anos despencou de uma tirolesa, a 12 metros de altura, em Monterrey, no México. O garoto nasceu de novo. Ele caiu em um lago. E os tais brinquedos de parques de diversões que mais parecem verdadeiras arapucas? 
No último fim de semana, em Estocolmo, na Suécia, uma pessoa morreu e três ficaram feridas quando um carrinho de uma montanha-russa descarrilou. Todos foram arremessados para fora. Montanha-russa? Também tô fora. Não entro nesse "trem" de jeito nenhum.  
Brinquedos de parques de diversões nem sempre são vistoriados, não recebem a manutenção necessária. Alguns funcionam caindo aos pedaços e os donos dos parques não estão nem aí. Pensa num brinquedo perigoso? É o tal de chapéu mexicano, uma arapuca. Parece o atleta que lança disco à distância. Só que o chapéu mexicano lança gente, principalmente crianças.
Não sei se existe estatística, mas muita gente já morreu em brinquedos de parques de diversões. Tem aquele que "empurra" a pessoa de cima para baixo. A pessoa pode se estrepar, como já aconteceu. Não tenho o costume de dar conselhos, mas tomo a liberdade de alertar os pais quando levam seus filhos a um parque de diversões. Não deixe o moleque - ou a menina - "girar" no chapéu mexicano. Talvez seja melhor "girar" na roda-gigante, desde que a sua cidade tenha Corpo de Bombeiros. Melhor pular corda. Pelo menos emagrece.

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Quem está no topo da cadeia alimentar não passa fome.

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