A notícia de que o governo do Estado destinará uma verba de R$ 120 para cada agente que trabalhar aos sábados nas campanhas de combate ao mosquito
Aedes aegypti animou os prefeitos da região. Tudo porque, de acordo com os chefes do Executivo ouvidos pela reportagem, um dos principais empecilhos na execução das ações contra o vetor é a situação financeira dos municípios.
"Os municípios estão com as economias enfraquecidas. Sendo assim, as intervenções de combate à proliferação do mosquito acabam ficando muito restritas. Ninguém consegue fazer nada sem dinheiro em caixa", desabafa o prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PDT). De acordo com ele, o apoio financeiro do Estado implicará em um retorno mais efetivo dos municípios, quanto aos resultados. "Os valores não solucionam todos os problemas, mas ajudam muito e abrem o precedente para que as ações sejam mais efetivas", considera.
Com as ações da cidade centralizadas, sobretudo, nas regiões de risco, como, por exemplo, no Parque dos Pinheiros, localizado na divisa com Prudente, Álvares Machado também estava necessitada dessa ajuda, como afirma o prefeito Horácio César Fernandez (PV). "Estamos trabalhando na medida das nossas forças. Notificamos cerca de 800 terrenos na última semana. Estamos recolhendo o lixo acumulado com caçambas. Mas toda ajuda é significativa em momentos de crise", afirma.
Por sua vez, o presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB), ressalta que o reforço financeiro aos municípios será importante para implantação de ações eficazes de conscientização. "Sabemos da gravidade da dengue em nossa região e as perspectivas são ainda piores, então é importante que as autoridades se sensibilizem com a situação dos municípios", explica o prefeito de Regente Feijó.
Áreas de risco
Durante o evento que culminou no anuncio do repasse de verbas, realizado na manhã de ontem na 29ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Presidente Prudente, o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, fez ainda a entrega dos relatórios de identificação de áreas de deslizamentos e inundações. Os dados dizem respeito a quatro cidades da região, sendo elas: Adamantina, Caiabu, Inúbia Paulista e Presidente Prudente.
Em Prudente, segundo o estudo, foram identificadas quatro áreas de risco de inundação, sendo duas áreas de risco alto (R3) e duas áreas de risco médio (R2). As de risco alto ficaram na região do Parque do Povo, entre as avenidas 14 de Setembro e da Saudade, enquanto as de risco médio foram detectadas na Vila Formosa e no bairro Santa Elisa.
