Produtores de 4 regionais de Defesa Agropecuária no oeste paulista vacinaram mais de 2,4 mi de bovinos 

Cristiano Machado

Com o encerramento desta etapa da campanha, serviço veterinário oficial inicia a visita às propriedades que deixaram de informar a vacinação

COLUNA - Cristiano Machado

Data 06/08/2021
Horário 06:00
Foto: Daniel Guimarães/AgriculturaSP
Do rebanho total do Estado de 10.794.251 de bovídeos envolvidos na etapa, 10.759.617 foram declarados vacinados
Do rebanho total do Estado de 10.794.251 de bovídeos envolvidos na etapa, 10.759.617 foram declarados vacinados

Criadores de bovinos de quatro regionais da Defesa Agropecuária do Estado localizadas no oeste paulista vacinaram 2.404.623 bovinos contra a febre aftosa na primeira etapa da campanha encerrada em 30 de junho. O relatório foi divulgado na quarta-feira, dia 4, pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de São Paulo. 
Conforme a análise do documento feita pelo Oeste Agropecuário, de O Imparcial, apenas a regional do EDA (Escritório de Defesa Agropecuária) de Presidente Venceslau registrou 100% de imunização. Foram vacinados os 843.644 animais. Andradina imunizou 99,99%. Ou seja, 438.025 cabeças de gado (de um total de 438.054). Já o EDA de Dracena registrou índice de 99,95%, com a vacinação declarada de  343.444 dos 343.604 animais registrados nos municípios de sua abrangência. Presidente Prudente, entretanto, obteve índice de 99,93%. Foram vacinados 779.510. Há nesta microrregião 780.041 animais. O número do oeste paulista, porém, é significativo: mais de 2,4 milhões de animais. 

Números do Estado 
Os dados de todo território paulista mostram que 99,68% dos bovídeos (bovinos e bubalinos) foram vacinados. Do rebanho total do Estado de 10.794.251 de bovídeos envolvidos na etapa, 10.759.617 foram declarados vacinados. Este índice é superior à mesma etapa de 2020, que foi de 99,03% e foi realizado em igual condição, ou seja, durante os meses de maio e junho, em função das restrições impostas para o controle da Covid-19.
O relatório mostra que o rebanho bovídeo no Estado está distribuído em 120.207 propriedades rurais e deste total 98,42% comprovaram a vacinação de seus animais.

Prazo para a declaração 
A primeira etapa anual da campanha de vacinação contra febre aftosa, quando bovinos e bubalinos de todas as idades devem ser vacinados, teve início no dia 1º de maio, mas foi excepcionalmente prorrogada para 30 de junho. “A prorrogação foi avaliada pela equipe da Coordenadoria de Defesa Agropecuária em função da dificuldade dos produtores na aquisição de frascos de vacinas contra febre aftosa, que ocorreu durante o mês de maio e afetou vários municípios do Estado”, disse Luis Fernando Bianco, coordenador da Defesa Agropecuária. A data limite para declarar a vacinação também foi prorrogada para o dia 7 de julho.  

Vacinação assistida 
Durante os meses da campanha, a equipe da Defesa Agropecuária vai a campo fiscalizar, de modo amostral, as vacinações. “Nesse procedimento realiza a verificação da compra das vacinas, a conservação do produto, o número de animais e a aplicação. Foram realizadas 621 vacinações assistidas, acompanhando a vacinação de 55.975 bovídeos e fiscalizadas 13 vacinações com o acompanhamento da vacinação de 3.009 bovídeos”, disse o médico veterinário, Adriano Macedo Debiazzi, que responde pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Febre Aftosa.

Multas e punições 
Com o encerramento desta etapa da campanha, o serviço veterinário oficial inicia a visita às propriedades que deixaram de informar a vacinação. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (145,45 reais), por cabeça, por deixar de vacinar e 3 Ufesps (87,27 reais), por cabeça, por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) é R$ 29,09. (Com informações da AgriculturaSP)

Carne bovina: Exportações caem 3% no volume, mas na receita sobem 9% 

No acumulado do ano, a movimentação total de carne bovina atingiu a 1.072.551 toneladas enquanto que a receita chegou a US$ 5,096 bilhões, queda de 3%% no volume e crescimento de 9% na receita em relação às 1.103.133 toneladas e US$ 4,687 bilhões obtidos no mesmo período (de janeiro a julho) de 2020. 
Embora no volume as exportações totais de carne bovina (in natura + processada) tenham apresentado queda de 1% no mês de julho, a receita com o produto pela primeira vez na história ultrapassou a US$ 1 bilhão mensal, com crescimento de 30%, nos valores, o maior registrado até aqui. 
Segundo a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), que compilou os dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Decex), do Ministério da Economia, as exportações totais em julho alcançaram 192.544 toneladas e, em 2020, no mesmo mês, foram de 194.120 toneladas, com queda, portanto, de 1%. A receita obtida foi de US$ 1,011 bilhão, contra US$ 776,5 milhões em julho de 2020, crescimento de 30%.

Agência Brasil 

Exportações totais em julho alcançaram 192.544 toneladas
 


“A nova regulamentação deve, feliz ou infelizmente, ‘passar uma borracha’ no passado, garantindo o direito adquirido, o contraditório, para finalmente dar certeza ao produtor rural da titularidade da área que possui, visando ao incremento da sua atividade agrária, para permitir investimentos nacionais ou estrangeiros de desenvolvimento do agronegócio e a pacificação da vida na zona rural”. 
Maria Cecília de Almeida, advogada e diretora técnica da SNA (Sociedade Nacional de Agricultura) sobre o Projeto de Lei 2633/20, que amplia o tamanho das terras da União passíveis de regularização fundiária sem vistoria prévia.  

 

 

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